O presidente da França, Nicolas Sarkozy, pediu que a União Europeia corte seus laços econômicos com a Líbia, devido à repressão violenta dos protestos contra o governo do líder líbio Muamar Khadafi.
Sarkozy afirmou que a comunidade internacional não pode continuar apenas como espectadora do que ele chamou de grande violação dos direitos humanos.
O presidente francês disse ainda que sanções urgentes contra a Líbia mostraria que os causadores da violência no país serão responsabilizados.
O ministro francês dos Relações Europeias, Laurent Wauquiez, afirmou que o presidente "condena de forma inequívoca o que está acontecendo na Líbia".
"Ele nos pediu, todos os ministros encarregados das relações exteriores e europeias, que trabalhemos com nossos colegas europeus para elaborar sanções imediatas contra a Líbia. Ele também quer que a França suspenda todo o comércio, relações econômicas e financeiras com a Líbia", disse o ministro a jornalistas depois da reunião semanal do gabinete de governo francês.
'Banho de sangue'
O ministro do Exterior da Itália, Franco Frattini, afirmou também nesta quarta-feira que o que está ocorrendo na Líbia é um "banho de sangue".
Falando a jornalistas, Frattini disse que mais de mil pessoas podem ter sido mortas no país desde o início dos protestos.
"Acreditamos que a estimativa, de cerca de mil (mortos), é confiável. Talvez, teremos mais informações de jornalistas internacionais que chegaram à região de Cyrenaica, na área de Benghazi, e Tobruk."
"Mas, até onde sei por meio de nossa embaixada, a província de Cyrenaica perdeu o controle do governo de Trípoli, enquanto em outras áreas, eu diria, que há confrontos, há pessoas atirando, é uma situação difícil. E o que queremos é que o governo (líbio) pare imediatamente com (o uso da) a violência", afirmou.
Organizações humanitárias calculam que centenas de manifestantes tenham morrido em confrontos com forças de segurança desde a semana passada em protestos contra o governo do coronel Muamar Khadafi. No entanto, não é possível confirmar o número exato de mortos, já que a imprensa estrangeira é vetada no país.