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Sarkozy quer regulação na pauta do G-8 e do G-20

Por AE
Atualização:

No que depender do anfitrião, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, as reuniões do G-8 (grupo das 8 maiores economias do mundo) e do G-20 (que reúne as 20 maiores), previstas para maio, em Deauville, e em novembro, em Cannes, terão um tema central: regulação. Segundo as diretrizes apresentadas ontem em Paris por Sarkozy, a reforma do sistema financeiro, a criação de marcos legais para a especulação sobre o comércio de matérias-primas e a criação de uma taxa sobre transações financeiras serão as prioridades para 2011.O anúncio foi feito na manhã de ontem, no Palácio do Eliseu, em Paris. Sarkozy afirmou que as reformas do sistema financeiro precisam ser levadas até o fim, porque o cenário econômico mudou entre 1945 e 2010. Segundo o presidente, nos últimos 40 anos a comunidade internacional teria atravessado 125 crises no sistema financeiro, problema mais que reincidente. "Não apenas as crises não acabam como estão se repetindo e se acelerando cada vez mais", disse. "Não há sistema monetário internacional desde 1971."Para reduzir a intensidade e a frequência das crises, Sarkozy tem como receita a regulação. A primeira preocupação da presidência francesa do G-8 e do G-20 é evitar o que o ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, definiu como "guerra cambial". Segundo o chefe de Estado, seu governo não vai defender a volta do sistema de câmbio fixo, mas sim alternativas para reequilibrar o câmbio internacional. Uma das alternativas em estudo são medidas para conter a acumulação de reservas - uma prática adotada por bancos centrais de países como Brasil e China. "A criação de reservas pesa e custa muito caro para todos", afirmou Sarkozy, questionando: "Como melhor regular os fluxos de capitais internacionais? O quadro (legal) que nós vivemos hoje é ultrapassado". AS informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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