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Sars deve ser pior para Ásia que crise econômica de 1997

Por Agencia Estado
Atualização:

A Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars, na sigla em inglês) deverá ter um impacto maior sobre a economia da China do que a crise financeira que atingiu a Ásia em 1997-1998, de acordo com a opinião pesquisador do Centro de Monitoramento Econômico da China, Zhang Zhongliang, citada em artigo do jornal "China Daily". O jornal alerta que o impacto da proliferação da Sars deverá ser mais duro para o país do que "uma mera crise econômica". O pesquisador ponderou que a doença está tendo um impacto mais amplo na economia chinesa do que a crise financeira asiática, uma vez que tem afetado a demanda por produtos exportados pelo país. As áreas mais vulneráveis à doença têm sido os setores exportadores, de turismo e dependentes de investimentos diretos, que devem cair sensivelmente neste ano. "Políticas fiscais pró-ativas e a expansão da demanda interna ajudaram a China a se defender da crise financeira da Ásia.", disse Zhongliang. "Mas hoje há uma incerteza sobre o crescimento dessa demanda doméstica", avaliou. Lucros A agência de avaliação de riscos Standard & Poor´s avaliou que os lucros dos bancos deverão cair cerca de 45% em Hong Kong e 25% em Cingapura, caso o impacto da Sars na atividade econômica e no consumo perdure até o final do ano. Bancos alemães Bancos e investidores alemães estão voltando a mirar a América Latina e se posicionando em grandes negócios de curto prazo na região, em razão da crise provocada pela proliferação da Sars na Ásia. A informação consta de um artigo distribuído pela agência de notícias France Presse, citando fontes de grandes bancos da Alemanha. "A informação é, no entanto, confidencial, mas os bancos estão tomando posições mais fortes na América Latina do que na Ásia pela primeira vez em muitos anos", disse um analista de risco de um dos maiores bancos privados da Alemanha, que pediu para não ser identificado. Mas, segundo a matéria, tudo depende do prolongamento da crise da Sars e se haverá algum acontecimento imprevisto na América Latina. "Os bancos estão calculando esse risco", observou Joerg Wagner, do HypoVereinsbank, de Munique, o segundo banco comercial mais importante da Alemanha depois do Deutsche Bank. Aviação As companhias aéreas do mundo todo vão amargar este ano um prejuízo de cerca de US$ 10 bilhões por causa da forte retração na demanda de passagens provocada pela epidemia de Sars, sigla em inglês), conclui um estudo da International Air Transport Association (Iata). Só nos trechos domésticos dos Estados Unidos, a aviação civil perderá US$ 4 bilhões, indica a Iata. A entidade que congrega a aviação civil no mundo informa ainda que as perdas em decorrência da epidemia, que até agora já matou pouco mais de 500 pessoas em todo o mundo e atingiu mais de 6 mil desde que foi identificado o primeiro caso na China, serão muito maiores do que as provocadas pela invasão norte-americana ao Iraque. A Iata lembra que, desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, o prejuízo do setor já se aproximam de US$ 30 bilhões. "Os últimos três anos foram os piores da história da aviação civil", resumiu Giovanni Bisgnani, diretor geral da Iata, em comunicado veiculado também no site da entidade na Internet. Veja o índice de notícias sobre a pneumonia atípica

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