Publicidade

SC recorre ao STF para suspender privatização do Besc

Por Agencia Estado
Atualização:

O Estado de Santa Catarina encaminhou hoje uma ação ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar suspender a privatização do Besc, que está marcada para 16 de dezembro. O banco estatal foi federalizado em 1999 para evitar que fosse liquidado extra-judicialmente diante das dificuldades administrativas enfrentadas na época. No contrato firmado com a União, ficou estabelecido que o banco seria saneado e posteriormente privatizado. O acordo inicial previa a participação do Estado de Santa Catarina, mesmo ele não tendo mais o controle acionário do banco, em todas as fases de avaliação da instituição. Pelo contrato original, seriam feitas duas avaliações da instituição por empresas especializadas, uma contratada pelo Banco Central (BC) e outra pelo Estado de Santa Catarina. No entanto, um termo aditivo previu a realização das duas avaliações pelo BC. Ao Estado, foi garantido o direito de acompanhar livremente somente um dos estudos. "Ocorre que, saneado o Besc, investidos aproximadamente R$ 1,5 bilhão, lançou o Banco Central do Brasil leilão de privatização cuja avaliação fixou preço mínimo em R$ 572,7 milhões, ou seja, pouco mais de um terço do valor investido pelo Estado de Santa Catarina, deixando ao povo catarinense uma dívida de quase R$ 1 bilhão", reclamaram os procuradores de Santa Catarina na ação entregue ao STF. Os procuradores, que pedem uma liminar, argumentam que o Estado de Santa Catarina tem interesse de que o banco seja vendido pelo melhor preço possível "uma vez que este valor será abatido de sua dívida com a União, contraída exatamente para financiar o saneamento do Besc". Segundo os procuradores, o ágio que poderá ser obtido será "irrisório". "A venda do Besc nas condições previstas no edital, que pretende o Estado de Santa Catarina ver anulado, acabará por trazer seríssimos prejuízos ao erário catarinense em benefício do banco privado adquirente", argumentam os procuradores.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.