
30 de agosto de 2012 | 03h12
O grupo japonês finalizou a compra da cervejaria brasileira em novembro do ano passado por cerca de R$ 6,5 bilhões. "Nosso foco é fortalecer a marca Schincariol", disse Miyake.
Para isso, a empresa deve aprofundar sua política de regionalização de produtos nos próximos anos. A estratégia prevê uma remodelação da distribuição, pelo território nacional, dos produtos já existentes e o lançamento de novas marcas no mercado, específicas para algumas regiões.
"A principal diferença na companhia após a chegada da Kirin foi a mudança de foco da concorrência para o consumidor", diz o presidente da Schincariol, Gino di Domenico. "Nosso planejamento no período de três a cinco anos é começar a entender o consumidor nas diversas regiões do Brasil, com o objetivo de construir marcas alinhadas com as tendências de consumo de cada mercado."
Miyake e di Domenico participaram ontem da reinauguração da fábrica da Schincariol em Alagoinhas, a 120 quilômetros de Salvador. A unidade recebeu investimentos de R$ 400 milhões para dobrar a produção e passou a ser a maior fábrica da empresa no País, capaz de produzir 900 milhões de litros de cerveja e 400 milhões de litros de refrigerantes por ano.
A ampliação tem como objetivo manter a empresa na liderança do mercado de cervejas no Nordeste. A região vem sendo alvo de cobiça dos concorrentes. A Petrópolis, que tem apenas 0,5% do mercado nordestino, mas que se alterna com a Schincariol na vice-liderança do mercado nacional de cervejas (liderado pela Ambev), por exemplo, anunciou, nos últimos meses, a construção de duas fábricas no Nordeste.
Para di Domenico, o fortalecimento da concorrência na região é "natural", já que o mercado de bebidas cresce "quatro vezes mais" no Norte e no Nordeste do que no restante do País.
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