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Se a Previdência não for aprovada em fevereiro, faremos administração de danos, diz Marun

O ministro fez questão de destacar que Planalto não vai deixar a discussão do tema passar de fevereiro, o que, para ele, 'é um direito do governo'

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Por Adriana Fernandes
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta terça-feira, 6, que, se a reforma da Previdência não for aprovada em fevereiro, o Planalto vai partir para "uma política de administração de danos". Segundo ele, o governo de Michel Temer tem como chegar ao fim, sem a reforma. Em evento da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), que luta pela regulamentação do lobby no Brasil, o ministro disse que o projeto de privatização da Eletrobrás tem chance de ser aprovado este ano.

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) Foto: Agência Câmara

Ele reafirmou a defesa da aprovação da reforma da Previdência, mas fez questão de destacar que o governo não vai deixar a discussão do tema passar de fevereiro. Para ele, esse é um direito do governo. Marun criticou os governadores que, "de dia criticam a reforma e à noite rezam por ela". Ele mencionou dois Estados governados pelo PT em que o déficit previdenciário é elevado: Minas Gerais, com R$ 16 bilhões em 2017, e Piauí, com R$ 1 bilhão no ano passado. O ministro também criticou os parlamentares que dizem que a reforma é necessária, mas que não há clima para a sua aprovação. "Preferem passar por covardes do que burros". Com ironia, disse que era melhor então "chamar a moça do tempo". Marun reconheceu que não há votos para a aprovação da reforma e fez um apelo para que aqueles que são favoráveis briguem por ela. "Nossa torcida precisa entrar em campo", disse. "Votar contra a reforma também tira voto", alertou. O ministro avaliou que Michel Temer é o maior presidente da história do Brasil "por hora de mandato" e que, mesmo diante de uma barragem de notícias mentirosas, tem se mantido duro como uma rocha. "Por muito menos, Getúlio Vargas se deu um tiro". Marun ainda atacou o Judiciário. "Será que esse ativismo político de juízes não começa a tirar a credibilidade do Judiciário? Ele chegou a citar a condenação do ex-presidente Lula, que, mesmo punido com pena de 12 anos de prisão, é líder nas pesquisas eleitorais. "Será que são só os políticos que estão sem credibilidade?". Marun também usou decisão judicial recente que impediu um navio com cerca de 25 mil cabeças de gado de deixar o Porto de Santos rumo à Turquia. Para ele, é o tipo de decisão de quem não conhece do assunto. O ministro de Governo também voltou a defender a nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho e recebeu apoio da presidência da Abrig.

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