
15 de agosto de 2017 | 10h31
A Seara, unidade de aves e suínos da JBS no Brasil, atingiu "o fundo do poço" em questão de rentabilidade no primeiro trimestre deste ano, afirmou o presidente global da empresa, Wesley Batista, em teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre deste ano. Já no segundo trimestre, a queda do preço doméstico do milho colaborou para a recuperação desta rentabilidade.
+ Lucro da JBS cai 80% no segundo trimestre
De abril a julho deste ano, a receita líquida da divisão Seara da JBS caiu 6,1% em relação a igual período de 2016. Considerando apenas as vendas no mercado doméstico, a receita apresentou uma queda de 2,9% na mesma base de comparação, em função de uma redução de 4,3% no preço médio de venda, principalmente em aves in natura, "por um redirecionamento para o mercado doméstico de volumes de exportação", segundo a JBS. A redução foi parcialmente compensada por um aumento de 1,4% no volume.
"Tivemos crescimento de todos os volumes no mercado doméstico, embora queda nas exportações", afirmou o diretor de Relações com Investidores, Jerry O'Callaghan. Ainda sobre a divisão, Batista afirmou que a perspectiva é de resultados "ainda mais sólidos" nos próximos trimestres.
Venda de ativos. Segundo o executivo, a companhia que anunciou um plano desinvestimento - do qual já concluiu a venda da sua parte na Vigor, por exemplo - está em discussão avançada sobre alienação da Moy Park, na Europa, e da sua operação de confinamento na América do Norte, a Five Rivers Cattle. "Não há interesse em venda de qualquer outro ativo que não os que foram anunciados já", reforçou Batista.
+ Marfrig tem prejuízo de R$ 167 milhões no 2º trimestre
No olho do furacão, após as delações de maio, a JBS, dona da Friboi, que pertence aos irmãos Batista, anunciou lucro líquido de R$ 309,8 milhões no segundo trimestre, queda de 79,8% em relação a igual período de 2016, quando os ganhos ficaram em R$ 1,536 bilhão. As vendas líquidas totalizaram R$ 41,674 bilhões, recuo de 4,6% ante o segundo trimestre de 2016.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.