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Secretário-adjunto da Receita pede demissão

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário-adjunto da Receita Federal Leonardo de Andrade Couto pediu demissão do cargo na noite desta sexta-feira. Couto teve a voz identificada em conversas telefônicas gravadas pela Polícia Federal na investigação do cancelamento de dívidas de empresas com a Receita e com o INSS no Rio em troca de propinas. Na gravação, o secretário fala a um subordinado, o auditor Flávio Franco: ?Ele tem que entender direito, o Edson tem que entender direito quem é, realmente, a pessoa que é o inimigo?. Franco responde: ?Não, mas ele, ele está bastante afetado com essa coisa toda aí, porque ele acha que sabe mesmo, que, para ele, o cara lá, o corregedor, né, um cara tão mau, que tem que atirar o cara, tem que levar um tiro na cabeça, sabe como é que é??. O diálogo seria uma ameaça ao corregedor-geral da Receita, Moacir Leão, que investiga as irregularidades. Em entrevista à TV Globo, o secretário-adjunto desmentiu a acusação e afirmou que a conversa ocorreu há alguns meses e não está relacionada às fraudes no Rio. Segundo o secretário, a gravação foi usadada ?fora do contexto? em uma atitude ?mal intencionada?. Moacir Leão confirmou ter sido procurado por um mensageiro que queria marcar um encontro entre ele e Flávio Franco para que fosse explicado o teor dessa conversa. Mas o corregedor não quisera recebê-lo. Leão continua sob escolta policial. Ainda na noite desta sexta-feira, começaram a ser libertados, após prestarem depoimento, os 15 presos na última terça, suspeitos de participação na fraude - entre eles o ex-presidente do Flamengo Edmundo dos Santos Silva. Foram mantidos os mandados de prisão dos três acusados que continuam foragidos.

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