O secretário-geral da Conferência da ONU para Comércio e Desenvolvimento, Supachai Panitchpakdi, não vê nas ações dos BCs a solução para a crise internacional. "O que ocorreu depois que o BCE injetou 1 trilhão nos bancos?", questionou o ex-vice-primeiro-ministro tailandês. "O impacto foi positivo por algumas semanas, mas hoje ninguém nem se lembra desse valor e se pede mais dinheiro", alertou.O próprio Jaime Caruana, diretor-gerente do Banco de Compensações Internacionais (uma espécie de BC dos BCs), faz um mea-culpa e já indicou em estudo publicado no ano passado que o papel dos bancos será transformado para sempre depois da atual crise. "No futuro, BCs terão de focar muito mais na estabilidade financeira, tanto na formulação da política monetária como nas ações macroprudenciais para limitar riscos sistêmicos." /J.C.