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Segunda denúncia contra Temer deve atrapalhar Previdência, diz Jucá

Em entrevista à TV Estadão, Romero Jucá, líder do governo no Senado, afirmou que o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot tenta 'atrapalhar o Brasil'

Foto do author Altamiro Silva Junior
Foto do author Eduardo Laguna
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast) e Eduardo Laguna (Broadcast)
Atualização:

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, criticou nesta quinta-feira, 21, em entrevista à TV Estadão o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Jucá afirmou que ele tenta "atrapalhar o Brasil". Também disse que a segunda denúncia feita contra o presidente Michel Temer "não tem pé nem cabeça" e vai prejudicar a tramitação da reforma da Previdência. Jucá disse que a primeira denúncia foi feita por Janot "estranhamente" uma semana antes da votação da Previdência, em maio, e acabou atrapalhando a reforma. Agora, corre-se novo risco de a tramitação da reforma ser prejudicada, segundo o senador. "É claro que isso será perturbado mais uma vez pela encaminhamento [da segunda denúncia de Janot]."

O senador Romero Juca (PMDB-RR) Foto: Rafael Arbex/Estadão

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Na avaliação de Jucá, a segunda denúncia contra Temer deveria ser votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) rapidamente e lá teria parecer contrário. "O conteúdo da denúncia é ridículo. Se já temos problemas com a delação da JBS na primeira denúncia, nessa segunda são delações de pessoas que, em tese, precisam ser comprovadas", disse ele, afirmando que é "absurdo" acusar um presidente da República sem que antes se comprove "minimamente" as denúncias.

+ Para o Ministério da Fazenda, a Reforma da Previdência continua sendo tema prioritário O Brasil, disse Jucá, não pode "ficar preso à pauta negativa" que Janot deixou na sua despedida da Procuradoria-Geral da República. Para ele, os partidos e aliados do governo têm consciência da "inépcia" da segunda denúncia. A oposição, disse ele, não tem hoje os 342 votos necessários para aceitar a denúncia.

+ Denúncia contra Temer não pode 'atrasar' o Congresso, diz Meirelles Ao ser questionado das razões de essa melhora da economia não se traduzir em aumento da popularidade de Temer, Jucá respondeu: "Essa impopularidade se dá, primeiro, pela falta de boa comunicação do governo, e depois pela distorção do processo de debate e pelo tipo de acusação que faz individualmente e mais fortemente a PGR, o Janot e a Rede Globo. Temos uma tempestade perfeita para tentar atingir o governo." O senador afirmou ainda não ter preocupação de denúncias de corrupção contra ele. "Eu não tenho nenhum tipo de temor, nenhum tipo de culpa", disse, ressaltando que não parou de trabalhar nenhum dia. "Se eu tivesse alguma culpa no cartório eu estaria como líder do PMDB comprando as brigas que estou comprando? Eu estaria embaixo da cama." Sobre o ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso na Operação Lava Jato, Jucá disse que o caso não é questão do governo, mas do próprio Geddel.

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