Publicidade

Segunda prévia do IGP-M fica em 1,79% em setembro

Por Agencia Estado
Atualização:

A alta nos preços dos itens de alimentação, provocada pelo dólar e pela entressafra de alguns produtos, foi o principal fator responsável pela elevação de 1,79% do Índice Geral de Preços Médio (IGP-M) na segunda prévia de setembro, ante 1,73% no mesmo período de agosto. A pesquisa de coleta de preços foi realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) de 21 de agosto ao dia 10 deste mês. O índice foi o maior para uma segunda prévia desde agosto de 2000 (2,05%). O gerente de análise econômica da FGV, Salomão Quadros, ressaltou que os repasses que vêm ocorrendo do atacado para o varejo estão concentrados exatamente nos produtos alimentícios. "O repasse está acontecendo de forma bastante intensa, mas localizada, nos alimentos. Não há um repasse generalizado", disse. No Índice de Preços do Atacado (IPA, com variação total de 2,55% na segunda prévia) a alta da alimentação foi de 2,78%, com destaque para produtos como bovinos (7,55%), óleo de soja refinado (12,17%), aves (6,98%), soja (5,90%), arroz em casca (13,10%), trigo (9,67%). No Índice de Preços ao Consumidor (IPC, variação de 0 49%), os preços dos alimentos aumentaram 1,19%. Os principais aumentos ocorreram no pão francês (7,56%), óleo de soja (9,63%) e chã-de-dentro (4,2%), no caso dos alimentícios. Houve destaque de elevação de preços também nos itens plano e seguro de saúde (1,45%) e avião (6,07%). Quadros lembrou que o IPC apresentou variação menor do que no segundo decêndio de agosto (0,71%), quando ainda estava sob forte influência dos preços administrados. Mas segundo ele, por causa da alta dos alimentícios, a queda nesse indicador foi menor do que se esperava. No caso do IPA, a alta havia sido de 2 42% na segunda prévia do mês passado. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve alta de 0,66% na segunda prévia, puxado especialmente pelo grupo de materiais e serviços (1,29%). Na segunda prévia de agosto a variação havia sido de 0,34%. Quadros, disse que "é bem provável" que o IGP-M fechado de setembro fique acima de 2%. Em agosto, a variação foi de 2,32%. Ele ressaltou que o índice fechado vai refletir com maior força a alta do dólar que foi ampliada nesta semana, já que até o segundo decêndio a cotação da moeda estava estabilizada em até R$ 3. Sua expectativa é de desaceleração na alta dos preços no varejo ante o mês passado e aumento dos produtos no atacado nessa base de comparação.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.