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Segundo Alencar, decisão sobre a Varig depende de acionistas

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Defesa, José Alencar, disse a uma comissão de deputados e representantes dos funcionários da Varig que o governo só encaminhará uma solução para o problema da empresa aérea quando houver um consenso entre todos os setores envolvidos. Segundo relatou o deputado Carlos Melles (PFL-MG) após o encontro, o principal obstáculo para solução dos problemas da Varig é a ausência de uma decisão do acionista controlador da empresa, a Fundação Rubem Berta, que precisaria aceitar a perda de controle da companhia para que haja uma solução negociada. A proposta que está sendo discutida com apoio do Congresso - e que já teria o apoio de 272 deputados e senadores - prevê a criação de uma nova Varig, com redução da participação da Fundação e conversão de créditos trabalhistas e de fornecedores em ações da empresa. A solução envolveria, ainda, a renegociação de débitos federais e aporte de capital estrangeiro, no limite de 20%. O economista Paulo Rabello de Castro, que participou do encontro como representante dos funcionários da empresa , disse que o fundo de pensão dos trabalhadores, que possui um capital de R$ 2 bilhões, também vai adquirir ações da nova companhia. Já Melles informou que a Câmara dos Deputados fará uma nova rodada de discussões sobre a Varig, em sessão conjunta das Comissões de Relações Exteriores e de Economia, Indústria e Comércio, e tentará obter o comprometimento da Fundação Rubem Berta nas negociações. Segundo ele, é preciso que todo mundo se posicione neste debate e que os interesses de cada parte sejam explicitados. Castro disse que saiu tranqüilizado da audiência com Alencar, por ter ouvido dele a assertiva de que o governo não adotará nenhuma medida que não seja discutida de forma transparente. "Não haverá decisão de pára-quedas", afirmou. Melles, no entanto, alertou que é necessário uma solução rápida, pois sem isso a empresa, que hoje é viável, poderá deixar de sê-lo.

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