Publicidade

Segundo Dieese, cesta básica fica mais barata em 14 cidades

Ao todo, foram pesquisadas 16 localidades. Retrações mais significativas ocorreram em João Pessoa (-6,84%), Recife (-6,27%) e Salvador (-4,13%)

Por Agencia Estado
Atualização:

A cesta básica ficou mais barata em julho, em relação ao mês anterior, em 14 das 16 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com levantamento, divulgado nesta quinta-feira pela instituição, a retrações mais significativas no conjunto de produtos alimentícios essenciais ocorreram em João Pessoa (-6,84%), Recife (-6,27%) e Salvador (-4,13%). Em julho, apenas em Porto Alegre (1,60%) e Florianópolis (0,81%) houve aumento no custo da cesta. Em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, foram constatadas baixas de 1,05%, 0,76% e 3,27%, respectivamente. Nos primeiros sete meses de 2006, somente duas cidades - Fortaleza (1,35%) e Natal (0,97%) - apresentaram variação acumulada positiva para a cesta básica. As quedas mais expressivas ocorreram em Belo Horizonte (-11,38%), Curitiba (-10,77%), Porto Alegre (-10,60%) e Rio de Janeiro (-10,34%). Na capital federal, a cesta apresentou variação acumulada negativa de 8,42%, enquanto, na capital paulista, recuou 7,05%. No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em julho, também apenas em duas localidades houve aumento no preço da cesta: Belém (2,13%) e Salvador (0,63%). Na outra ponta, João Pessoa (-6,79%), Goiânia (-6,06%), Vitória (-5,63%), Rio de Janeiro (-5,29%) e Recife (-5,24%) apresentaram as baixas de maior destaque, enquanto São Paulo e Brasília, tiveram cestas em quedas de 4,33% e 1,73%, respectivamente. Salário mínimo Segundo o levantamento, levando em conta o preço da cesta básica, o salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ser de R$ 1.436,74, um valor 4,10 vezes superior ao mínimo vigente, de R$ 350. Na última pesquisa do Dieese, divulgada em junho, o valor do salário mínimo necessário era de R$ 1.447,58, 4,14 vezes o piso. Segundo a entidade, este valor supre as necessidades com alimentação, moradia, transporte, vestuário, saúde, educação, higiene, lazer e previdência para a manutenção de uma família, de acordo com um preceito constitucional. Fipe Indo de encontro ao anunciado neste mesmo dia pelo Dieese, pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostrou que a cesta básica ficou praticamente estável em julho na capital paulista. No mês passado, o conjunto de itens pesquisados pela fundação custava R$ 190,63, em média, ante R$ 190,27 verificado no mês anterior, uma elevação de 0,19%. Este texto foi atualizado às 16h07.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.