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Seguro educacional garante estudo dos filhos

Seguros garantem, em caso de morte ou desemprego do responsável, ensino dos filhos. Algumas instituições já fazem acordos com seguradoras e preço fica mais baixo.

Por Agencia Estado
Atualização:

Estudos pagos até o fim do ensino médio mesmo em caso de desemprego ou morte do responsável. Bom para os pais e melhor ainda para instituições preocupadas com a inadimplência, o chamado seguro educacional tem se tornado comum nas escolas de São Paulo. E não se paga muito por isso. "Sempre tive medo do pai morrer e nosso filho não conseguir fazer uma faculdade", diz a dona de casa Alcemima de Oliveira Silva, cujo seguro feito para José Roberto, que está na 6.ª série do Colégio Dante Alighieri, custa R$ 12 por mês. No ano passado, logo depois de assinar o contrato, seu marido perdeu o emprego e o filho quebrou o tornozelo. "Foi tudo na mesma semana, eu realmente testei a eficiência do seguro." Os quatro meses da mensalidade de R$ 560 na escola ficaram por conta da seguradora, que ainda levava e buscava o menino do colégio todo dia, no período em que ficou em cadeira de rodas. Os seguros educacionais custam em média R$ 15 quando são oferecidos pelas próprias escolas, que fazem acordos com empresas seguradoras. Contratos fechados em grupos normalmente barateiam o preço. Alguns colégios incluem o valor do seguro na mensalidade de todos os alunos, outros deixam aos pais a opção de aderir ou não ao plano. Quase todos os bancos também já oferecem seguros para pais de alunos matriculados em escolas que não têm esse serviço, mas os preços normalmente são mais altos. Muitos planos também dão atendimento emergencial se o aluno sofrer algum acidente. Mensalidades "Os seguros estão ajudando a diminuir a inadimplência nas escolas do Estado", diz o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp), José Augusto de Mattos Lourenço. A média, que era de 10%, caiu para 7% no ano passado. O Colégio Pueri Domus, que há quatro anos adotou um seguro com o Banco Real, tem atualmente apenas cerca de 2,5% dos seus alunos inadimplentes. "Optamos por não incluir o preço do seguro na mensalidade porque ela ficaria 10% mais cara", diz o gerente financeiro do colégio, Luís Yokoyama. Segundo ele, aproximadamente um décimo dos pais dos 3.500 alunos do colégio, até agora, aderiu ao seguro. Mônica Lobo é uma delas. "Se não pagasse o seguro, estaria gastando os R$ 16 com qualquer outra coisa menos importante", diz a psicopedagoga. A mensalidade na escola da filha Beatriz, de 8 anos, é de R$ 676. "Recomendo o seguro para todo mundo. Hoje em dia, infelizmente não podemos confiar na escola pública, caso aconteça alguma coisa." Taxação "O seguro é um múltiplo da mensalidade", explica Guilherme Afif, presidente da Indiana Seguros, uma das primeiras empresas a oferecer esse produto. Além disso, a taxação muitas vezes depende também da idade dos pais e da série em que está o aluno. A empresa tem hoje 38 mil estudantes segurados, em cerca de 50 escolas. Em caso de morte ou invalidez do responsável, a faculdade do filho também pode ser paga pelo seguro, se o pai optar por mais essa garantia. "O aluno pode ainda mudar para qualquer escola, que os estudos continuarão garantidos", diz Afif. Cerca de 350 pessoas já utilizaram o dinheiro do seguro na Indiana, desde 1991.

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