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Crônicas, seguros e um pouco de tudo

Opinião|Mudança de comando na CNseg

As seguradoras pagaram R$ 6 bilhões em indenizações de seguro de vida relacionadas à covid-19

Atualização:

ACNseg é a Confederação Nacional das Seguradoras. Ela representa a nível nacional, além das empresas de seguros, a previdência complementar aberta, os planos de saúde privados e a capitalização. É a porta-voz de um segmento econômico com reservas de mais de R$ 1,5 trilhão, ou seja, está entre os maiores geradores de poupança do País, com uma característica muito importante: boa parte desses recursos é de longo prazo, o que faz do setor de seguros um canal de financiamento fundamental para obras de maturação mais lenta, notadamente as obras de infraestrutura.

Dyogo de Oliveira, ex-presidente do BNDES, assume a presidência da Confederação Nacional das Seguradoras Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

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Para dar a dimensão do setor, apenas as operadoras de planos de saúde privados pagaram em 2021 mais de R$ 200 bilhões para atender perto de 1 bilhão de procedimentos cobertos. É mais do que o orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS), mas os números importantes não param aí. 

Durante a pandemia da covid-19, as seguradoras pagaram R$ 6 bilhões em indenizações de seguros de vida para os beneficiários de vítimas do coronavírus. Importante frisar que esses pagamentos foram feitos apesar de as apólices de seguros de vida terem exclusão expressa para mortes decorrentes de pandemias e epidemias. Ou seja, as seguradoras foram além de suas obrigações contratuais e honraram sua responsabilidade social, pagando sem discussão indenizações que poderiam ser negadas para as mortes causadas pela pandemia.

Ao longo dos últimos anos, o presidente da CNseg foi Marcio Coriolano, um dos nomes mais respeitados do setor de seguros, ex-superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), diretor da Bradesco Seguros, profundo conhecedor dos princípios da atividade e hábil e competente gestor da entidade, desempenhando suas funções interna e externamente, dando à CNseg a efetividade necessária para administrar as demandas das empresas associadas, atender aos anseios do setor, interagir com os demais players da economia nacional e representar politicamente uma atividade relativamente pouco conhecida pela administração pública brasileira, que, por isso mesmo, não dá a ela a atenção que merece.

Agora, a CNseg troca o comando. No lugar de Marcio Coriolano, Dyogo de Oliveira assume a presidência executiva. Dyogo de Oliveira é dos mais destacados funcionários da administração pública federal, tendo, ao longo de sua carreira, participado diretamente da implementação de programas como o Plano de Aceleração do Desenvolvimento (PAC), o Minha Casa Minha Vida e o Cadastro Positivo e da privatização do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB). Além disso, foi ministro do Desenvolvimento e presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Reconhecido por sua competência, sua habilidade e sua capacidade agregadora, Dyogo de Oliveira, tendo no conselho da entidade o suporte do presidente Roberto Santos e do vice Ivan Gontijo, chega à CNseg com a missão de prosseguir a bem-sucedida gestão de Marcio Coriolano, aumentando a penetração do setor na sociedade e, concomitantemente, estreitando os laços com o governo. 

SÓCIO DE PENTEADO MENDONÇA E CHAR ADVOCACIA E SECRETÁRIO-GERAL DA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS

Opinião por Antonio Penteado Mendonça
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