Publicidade

Sem acordo com credores, Oi fica mais perto da recuperação judicial

De acordo com fontes, a companhia contratou o escritório GCM Galdino Coelho Mendes Advogados, especializado em recuperação judicial, o que reforçou os rumores de um movimento nesse sentido

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A interrupção das discussões entre a operadora Oi e os seus credores, anunciada na sexta-feira, deixa a tele mais próxima de uma recuperação judicial. De acordo com uma fonte ouvida pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a companhia contratou na semana passada o escritório GCM Galdino Coelho Mendes Advogados, especializado em recuperação judicial, o que reforçou os rumores de um movimento nesse sentido. A Oi não comenta.

PUBLICIDADE

No dia 26 de julho, vencem 231 milhões em bônus da empresa, o equivalente a quase R$ 1 bilhão. Na quarta-feira passada, os bônus da Oi despencaram, segundo a mesma fonte, justamente pelas sinalizações de que o GCM havia sido contratado. Fala-se ainda que Marco Schroeder, diretor administrativo financeiro e que acumulou a função de presidente da Oi, após a saída de Bayard Gontijo no dia 10 de junho, teria maior afinidade com a Pharol, que reúne os acionistas portugueses da antiga Portugal Telecom (PT). Schroeder era diretor financeiro da PT em 2014.

Segundo fontes, caso a recuperação judicial seja uma opção, o pedido tenderia a ser ajuizado no fim deste mês. Outra fonte disse que não há decisão tomada ainda sobre isso e que uma reunião do conselho de administração deverá ocorrer hoje para discutir o assunto.

De acordo com fonte, os bônus da Oi despencaramcom as sinalizações de que o GCM havia sido contratado Foto: Paulo Vitor/Estadão

Ainda existe dúvida sobre como a Anatel se posicionaria, uma vez que pela regulamentação do setor, um pedido de recuperação judicial potencialmente levaria a Oi a perder a concessão, inviabilizando o processo. De acordo com uma fonte a par do negócio, a equipe jurídica da Oi manteve contato na semana passada com o regulador do setor para discutir o tema.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.