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Sem aftosa, exportação de carne poderia superar de soja

Segundo o ministro, os embarques de carne somaram 18,3%, enquanto os de couro atingiram 3,2%. A soja, por sua vez, respondeu por 21,7% das vendas externas

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirmou, nesta segunda-feira, que a receita cambial obtida com as exportações de carnes em 2005 só não superou o faturamento do complexo soja (grão, farelo e óleo) por causa do recuo dos embarques nos dois últimos meses do ano. Por causa de casos de aftosa no Mato Grosso do Sul e no Paraná, 56 países barraram, desde outubro, as importações de carne do Brasil. Em discurso na abertura da II Conferência Internacional de Rastreabilidade de Produtos Agropecuários, ele lembrou que o complexo soja respondeu por 21,7% das exportações de produtos agrícolas no ano passado. Já os embarques de carnes foram responsáveis por 18,3%. Com o acréscimo do porcentual das exportações de couros, 3,2%, o segmento carnes supera o complexo soja, disse Rodrigues. O ministro citou esses dados para mostrar a mudança no quadro de exportações agrícolas nos últimos anos. Há 40 anos, lembrou ele, o café respondia por 80% dos embarques de produtos agrícolas, número que caiu nos últimos anos até chegar a 4,5% em 2004 e 6,6% no ano passado. Compradores Rodrigues acrescentou que um terço das exportações brasileiras de produtos agrícolas têm como destino a União Européia. Na análise individual, os americanos são os principais compradores, recebendo 13,7% dos nossos embarques. A China aparece em terceiro lugar, com 7,1%. Os dados indicam o volume embarcado em 2005. O ministro repetiu dados referentes ao desempenho do agronegócio: 27,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, 37% da geração de empregos e 37% das exportações. A área plantada, lembrou ele, cresceu 26% no período de 1990 a 2005, mas a produção cresceu 100%. Novos sistema Em relação à intenção do ministério em divulgar, durante a conferência, as novas regras para o Sistema Brasileiro de Identificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov), Rodrigues disse que espera "a harmonização de regras a partir do encontro", que acontece até a próxima quarta-feira em Brasília. A principal alteração no Sisbov refere-se à mudança no conceito de animal rastreado para propriedade certificada e cadastrada no ministério. Segundo fontes do governo, a confirmação das novas regras foi adiada porque não há acordo com a iniciativa privada.

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