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Sem citar Guedes, Maia critica uso de 'termos pejorativos' para defender reforma administrativa

Presidente da Câmara, no entanto, saiu em defesa de proposta do governo de reformular carreiras no serviço público

Por Denise Luna (Broadcast)
Atualização:

Rio - Sem citar o nome do ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, criticou o uso de "termos pejorativos" para defender a reforma administrativa, mas disse apoiar a decisão do governo de promover uma reformulação nas carreiras de servidores públicos ainda este ano.

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"Todos os serviços públicos tem que ser tratados com  muito respeito e usos de termos pejorativos criam conflitos, mas há uma concentração de renda que a população não concorda mais", disse Maia durante café da manhã na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. "O estado custa muito e serve pouco, estou otimista que vamos mudar isso com reformas", completou.

Na sexta-feira, Guedes comparou os funcionários públicos a "parasitas" que estariam matando o hospedeiro, se referindo aos gastos que o governo tem com o funcionalismo. A declaração repercutiu mal entre várias categorias de servidores e, inclusive, aliados do governo. Como revelou o BRPolítico nesta segunda-feira, o ministro enviou mensagens a alguns amigos pedindo desculpas.

Ouça trecho da palestra do ministro Paulo Guedes:

Maia afirmou, no entanto, que a decisão do governo de elaborar um projeto de lei que considere mudanças no funcionalismo somente para os novos concursados vai ajudar sua aprovação.

"O sistema novo vai ser implementado nos novos concursos, isso ajuda a tramitação (no Congresso). Muda a estabilidade, a promoção passa a ser por mérito e não mais pelo tempo de serviço, vão ter dois sistemas funcionando um contra o outro, mas em algum momento o antigo vai acabar", disse Maia, sendo muito aplaudido. "Há uma grande concentração de renda que a população não concorda mais",  afirmou.

Paulo Guedes conversa com Jair Bolsonaro em cerimônia pelos 400 dias de governo. Foto: Adriano Machado/Reuters - 5/2/2020

Segundo ele, além da reforma administrativa, a reforma tributária também é muito importante para o País voltar a  crescer e previu que em quatro a cinco meses devem aprovar a PEC 45, do deputado Baleia Rossi (MDB/SP).  "A (reforma) tributária pode ajudar na geração de empregos", avaliou.

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