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Sem efeitos da safra de cana, preço do álcool volta a subir

Por Agencia Estado
Atualização:

Os efeitos do início da safra de cana-de-açúcar começam a perder efeito e o preço do álcool combustível voltou a subir nas últimas semanas. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o álcool hidratado teve alta de 4,5% nas bombas desde a mínima registrada no ano, em junho, de R$ 1,215 por litro. Essa semana de agosto, o preço médio do combustível, no País, chegou a R$ 1,269 por litro, apontou a pesquisa semanal de preços da agência. Nas destilarias, o aumento é ainda maior: a cotação já subiu 15% desde a mínima do ano, também registrada em junho. Isso significa que o valor pago pelo consumidor final deve crescer ainda mais, à medida em que distribuidoras e postos continuarem repassando a alta do insumo. O consumidor de gasolina também deve sentir no bolso, já que o produto recebe uma injeção de álcool anidro antes de ir para os postos. Por enquanto, o impacto no preço da gasolina foi insignificante, de apenas 0,2% desde a mínima registrada em junho. Segundo a ANP, o preço médio deste combustível ficou em R$ 2,238 por litro esta semana, contra os R$ 2,226 verificados há dois meses. Tendência de preços Para o diretor financeiro da União da Indústria Canavieira (Unica), Antônio Pádua, porém, não há uma clara tendência de alta nos preços. "Isso depende muito das condições do mercado, das cotações internacionais e da relação oferta e demanda", afirmou o executivo, lembrando que na última semana de julho, houve uma redução na cotação do álcool em relação à semana anterior. Segundo ele, a safra ainda está na metade e pode ser que os preços voltem a cair nas próximas semanas. De qualquer forma, a alta do combustível já foi sentida nas últimas pesquisas de inflação. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), por exemplo, o álcool hidratado teve aumento de 4,17% no IGP-DI de julho, divulgado anteontem, e foi apontado como um dos grandes responsáveis pela aceleração dos preços no atacado. No mês anterior, o produto havia registrado queda de 3,41%. Desde maio, ao contrário, vinha sendo indicado como uma das causas para os baixos índices de inflação.

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