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'Sem reforma da Previdência, tendência é País chegar à beira do caos', diz Bolsonaro

Bolsonaro voltou a afirmar que os militares também participarão da reforma da Previdência

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Por Julia Lindner
Atualização:

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a aprovação da reforma da Previdência nesta sexta-feira, 8. Bastante otimista, Bolsonaro disse que a proposta poderá ser aprovada ainda no primeiro semestre deste ano. "Não pode levar um ano para aprovar uma reforma, né?", declarou. Ele conversou com a imprensa após cerimônia de entrega de credenciais de embaixadores no Palácio do Planalto, na manhã desta sexta-feira, 8.

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Bolsonaro reforçou que os militares vão participar da reforma e que "ninguém ficará de fora". "Vão entrar até os militares com sua cota de sacrifício", garantiu. Por não se tratar de Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que necessita de apoio maior, ele considera que o texto que envolve os militares pode ser aprovado com celeridade. "É muito fácil. Pode chegar lá em uma semana na Câmara e em uma semana no Senado e estar solucionada a questão", disse.

O presidente espera que o texto da reforma da Previdência já encaminhado ao Congresso não passe por muitas alterações e garantiu que o governo fará de tudo para que não seja desidratado, mas ponderou que respeita a "autonomia do Parlamento caso alguma mudança seja feita".

Bolsonaro voltou a defender a reforma da Previdência nesta sexta-feira, 8. Foto: Alan Santos/Planalto

"Há interesse de todos, do (presidente da Câmara) Rodrigo Maia, do (presidente do Senado) Davi Alcolumbre, de muitos parlamentares. Sabemos que algum aspecto é medida amarga, mas é uma resposta de política sem muita responsabilidade que foi feita nos últimos anos. Tem que entrar com freio de arrumação agora", afirmou.

Bolsonaro falou que o governo tem "uma maneira diferente de fazer política" e que tenta convencer os parlamentares da necessidade da reforma através de um "sentido patriótico". "O Brasil é um País que se continuar sem reformas a tendência nossa é chegar à beira do caos e não queremos isso. Então essa é a política e a forma como estamos nos aproximando do Parlamento brasileiro", declarou.

Nesta quinta-feira, 8, depois da pressão de aliados que pediam que o presidente usasse mais as suas redes sociais para promover a reforma da Previdência, Bolsonaro falou sobre o tema em uma transmissão ao vivo no Facebook. No vídeo, o presidente tentou mostrar que a reforma desenhada por sua equipe combate a privilégios e é necessária. "Sabemos que ela desagrada a algumas pessoas, sim, mas vamos combater os privilégios e vamos colocar o Brasil no rumo do crescimento", afirmou. O presidente também disse esperar que o texto não seja muito desidratado para que atinja o seu objetivo e "sobrem recursos para nós investirmos em emprego, segurança, saúde, educação".

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