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Emergência climática impulsiona desejos do consumidor e ações sustentáveis do mercado de energia

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Por Redação
Atualização:
4 min de leitura

O planeta inicia a década de 2020 em meio a uma pandemia e com um grande desafio a enfrentar: reduzir drasticamente a poluição atmosférica para frear os efeitos do aquecimento global. Aumentar a produção de energia limpa é a principal diretriz para um mundo mais sustentável. Mesmo desfrutando de uma posição privilegiada no que diz respeito à sustentabilidade da matriz energética e da matriz elétrica, o Brasil tem avançado na geração de energia renovável.

Uma aposta do setor elétrico para impulsionar ainda mais a sustentabilidade do sistema no Brasil é a ampliação do Mercado Livre de energia. Trata-se de um ambiente em que o cliente pode escolher entre vários fornecedores e negociar livremente as condições de contratação de energia elétrica, a exemplo do preço, do volume e até da modalidade – pode-se optar por receber 100% de energia eólica, por exemplo. “O mercado livre funciona como um contraponto ao atual modelo comercial, indutor de ineficiência e gerador de elevados preços da energia no Brasil”, diz Reginaldo Almeida de Medeiros, presidente executivo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).

Além do preço menor para o consumidor, com redução média de 34% no ano passado, de acordo com dados da Abraceel, o Mercado Livre tem o incentivo à sustentabilidade como outro grande atrativo em potencial. “Praticamente toda a expansão da energia renovável que vem sendo feita no Brasil é destinada ao Mercado Livre”, diz Medeiros. Um exemplo: a energia fornecida no Mercado Livre pela Enel Trading, nova comercializadora de energia do Grupo Enel, é inteiramente renovável e certificada.

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De origem italiana, a Enel Brasil é o maior grupo privado de distribuição de energia elétrica do país em número de clientes, levando energia para cerca de 18 milhões de consumidores em quatro estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Goiás. Líder no desenvolvimento das fontes renováveis, a companhia é a maior produtora de energia eólica e solar do país, por meio da Enel Green Power. Possui atualmente capacidade instalada renovável total de cerca de 2,9 GW, dos quais 782 MW são de fonte eólica, 845 MW de solar e 1.269 MW de hidro.

Poder de negociação

Por enquanto, direcionado exclusivamente a pessoas jurídicas com demanda contratada mínima de 500 kW, o Mercado Livre está ao alcance de aproximadamente 27 mil unidades consumidoras no país – incluindo vários tipos de indústria, shoppings, redes de hotéis, supermercados e hospitais. Há, no entanto, um cronograma de redução do patamar de consumo necessário para acessar esses benefícios. Com isso, a participação do Mercado Livre no consumo total no País deve subir nos próximos anos dos atuais 30% para a faixa de pelo menos 50%.

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Grandes players estão desenvolvendo estratégias para participar desse processo. A CPFL Soluções, pertencente ao Grupo CPFL –que desde 2017  ntegra a State Grid, maior companhia do setor no mundo –, oferece serviços de consultoria para identificar possibilidades de aprimoramento na relação das empresas com a energia. Uma das principais linhas de negócios é justamente a intermediação entre quem vende e quem compra energia no Mercado Livre.

Espera-se que mudanças na legislação ampliem o acesso ao Mercado Livre para usuários domésticos, por meio da portabilidade da conta de energia. Muitos especialistas no setor consideram que, em termos de benefícios à população, esse processo pode ser comparado à abertura do mercado de informática ou ao fim do monopólio estatal nas telecomunicações, na década de 1990. “A possibilidade de escolha do produto e do fornecedor aumentará a concorrência, trazendo para o consumidor um maior poder de negociação. No futuro, esperamos que consumidores estejam maduros o suficiente para comprar energia em plataformas digitais”, diz Javier Alonso, diretor de Gestão de Energia e Comercialização da Enel no Brasil.

Geração doméstica

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Do ponto de vista da população, a maior preocupação em relação à energia elétrica ainda é o preço. Pesquisa feita em agosto pelo Ibope Inteligência, sob encomenda da Abraceel, revelou que 84% dos consumidores brasileiros consideram que o preço da energia elétrica é “caro” ou “muito caro”, contra apenas 14% que acham justo e 2% que consideram “barato” ou “muito barato”. A pesquisa é feita anualmente e desde 2015 o patamar de insatisfeitos com o preço vem se mantendo acima de 80%.

Dos entrevistados, 63% disseram que gostariam de trocar imediatamente de fornecedor de energia elétrica se tivessem essa possibilidade. O principal motivo seria a busca por preços mais baixos, apontada por 64% desses consumidores. Houve, contudo, uma surpresa: o segundo motivo mais citado foi o interesse por fontes mais limpas de energia (17%), item que ficou acima do desejo por mais qualidade no atendimento (15%).

Outro dado marcante da pesquisa é que 90% dos consumidores afirmaram que gostariam de gerar energia elétrica na própria casa, caso tivessem condições para isso. Na verdade, essa possibilidade já existe e a maioria das pessoas nem sabe, ou então imagina que o investimento não dá retorno – o que, em muitos casos, já não é verdade. Com a queda dos custos das novas tecnologias, aliar sustentabilidade e economia vem se tornando uma equação cada vez mais viável.

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A possibilidade de micro e minigeração, que alia a economia financeira à consciência socioambiental, está prevista pela Aneel desde 2012.  Naquele ano, uma resolução normativa da agência estabeleceu parâmetros para o consumidor ou um grupo de consumidores (como num condomínio, por exemplo) gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis. Uma das vantagens oferecidas ao consumidor que produz sua própria energia é ganhar créditos quando a geração em um determinado mês ultrapassa o consumo. Esse crédito pode ser usado nos meses seguintes ou até mesmo em outras unidades consumidoras do mesmo titular.

 

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