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Senado adia sabatina de Figueiredo, indicado para ANTT

Por LEONARDO GOY
Atualização:

Foi adiada para a próxima quarta-feira (dia 14), às 11 horas, na Comissão de Infra-Estrutura do Senado, a sabatina de Bernardo José Figueiredo Gonçalves de Oliveira, indicado pelo governo para assumir o cargo de diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O adiamento ocorreu por causa de um pedido de vista apresentado pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Para garantir que a sabatina seja realizada na semana que vem, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) também pediu vista para provocar um pedido coletivo e assegurar o prazo regimental. Demósthenes Torres disse que pediu vista porque recebeu informações de que o indicado não teria "adequação curricular" e um passado "não tão probo". Ele ressaltou que não está acusando Figueiredo e que pediu vista justamente para averiguar as informações que recebeu. Torres afirmou que entre essas informações estaria a de que corre no Tribunal de Contas da União (TCU) processo contra o indicado, referente à época em que foi diretor da estatal Valec, entre 2004 e 2005. Figueiredo, que estava na sessão, se defendeu das acusações e confirmou que está atualmente em análise, no TCU, um recurso apresentado por toda a diretoria colegiada da Valec, da época, contra acusação do TCU. Segundo ele, a acusação do tribunal não envolve suspeita de desvio de verba pública, mas apenas questões de procedimento administrativo. "O próprio TCU reconhece que não houve perda para o erário", afirmou. Segundo ele, o TCU questiona um convênio que foi feito pela Valec, com o governo do Maranhão, para a construção de um ramal da rodovia Norte-Sul, naquele Estado. Outro ponto levantado por Demósthenes Torres é o fato de Figueiredo ter atuado em associações privadas do setor ferroviário. Figueiredo foi, entre 1999 e 2003, diretor-executivo da associação nacional dos transportadores ferroviários, que representa as concessionárias privadas que atuam no setor. Ele, entretanto, afirma que a lei prevê que diretores de agência têm de estar afastados do setor por pelo menos um ano e, portanto já cumpriu esse prazo. "A minha experiência no setor, pelo contrário, é positiva", disse. Figueiredo é afilhado político da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, de quem é, atualmente, assessor especial.

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