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Senado adia votação de resgate para montadoras nos EUA

Democratas e republicanos divergem sobre como evitar o colapso das 'Três grandes de Detroit'

Por Efe
Atualização:

O líder da maioria democrata no Senado americano, Harry Reid, decidiu nesta quarta-feira, 19, adiar a votação prevista para esta quinta-feira de um plano de resgate de US$ 25 bilhões para a indústria automotiva. Não há previsão de quando acontecerá a votação.   Veja também De olho nos sintomas da crise econômica  Lições de 29 Como o mundo reage à crise  Dicionário da crise    Os democratas não têm os votos suficientes para garantir a aprovação do plano e, em função disto, Reid disse que prefere estudar outras opções para ajudar General Motors (GM), Ford e Chrysler, conhecidas como "Três grandes de Detroit".   Em princípio, Reid tinha previsto realizar uma espécie de "voto de teste" para sondar o apoio dos senadores à aprovação do plano para a indústria automotiva.   "Se não podemos ajudar através de uma legislação, espero que o secretário do Tesouro, Henry Paulson, escute muito bem e entenda que eles são os que podem pegar isto em suas mãos e fazer o apropriado", comentou Reid.   No entanto, a Casa Branca e seus aliados republicanos no Congresso rejeitam a idéia democrata de que a ajuda saia do plano de resgate financeiro de US$ 700 bilhões aprovado no mês passado.   A porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, disse que se o Congresso encerrar sua sessão legislativa pós-eleitoral "sem resolver este assunto tão importante, terá de assumir a responsabilidade pelo que acontecer nos próximos dois meses durante suas férias".   Plano B   Durante esta quarta-feira, o presidente da Chrysler, Robert Nardelli, disse que a companhia tem "olhado para todos os aspectos" de um potencial pedido de concordata e tem buscado consultores para ajudá-la a pensar nessa possibilidade. Para Rick Wagoner, da GM, a companhia estudou a possibilidade da concordata, mas concluiu que isso provavelmente a forçaria a "liquidar a companhia porque não teria qualquer receita". A GM "concluiu que deve colocar todos os esforços para evitar a concordata" e não trabalha em um plano de contingência. Já o presidente da Ford, Alan Mulally, também avaliou a hipótese da concordata e disse que não é uma opção viável.   Os três executivos deram a entender que não aceitariam salário de US$ 1 em troca de ajuda do governo, como fez o ex-chefe da Chrysler, Lee Iacocca, nos anos 80.

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