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Senado aprova subsídio para agricultura dos EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira a Farm Bill (projeto de lei agrícola) que eleva os subsídios para os produtores de grãos e algodão e duplica os gastos com programas de conservação. Ao contrário do projeto aprovado no Comitê de Agricultura da Câmara dos Deputados, a legislação do Senado impõe limites aos subsídios que cada fazenda pode receber a US$ 275.000. O projeto, elaborado por democratas e aprovado por 58 votos contra 40, também oferece subsídios a uma variedade de commodities, incluindo leite, mel, lã e lentilha. O presidente do Comitê de Agricultura do Senado, o democrata Tom Harkin, disse que a aprovação foi "uma tremenda vitória para a economia da América rural". Representantes da Câmara e do Senado vão trabalhar em cima da versão final da Farm Bill nas próximas semanas, contando também com a opinião final da Casa Branca. Autoridades do governo argumentaram anteriormente que a versão do Senado tem custos muito altos e iria encorajar a superprodução de safras subsidiadas. No entanto, eles também criticaram a versão da Câmara. Ambas as versões ficam bem distantes da lei agrícola republicana de 1996, que tinha por objetivo afastar os agricultores dos subsídios do governo. Os ruralistas norte-americanos já contavam com US$ 115 bilhões para serem gastos em 10 anos no setor. Acordo fechado no Congresso em 2001 garantiu ao setor mais US$ 73,5 bilhões a serem destinados a novos programas agrícolas. Deste volume, o Senado decidiu destinar US$ 45 bilhões para os próximos 5 anos. A proposta da Câmara era de que o gasto desses recursos nos primeiros 5 anos fosse de US$ 38 bilhões. O governo Bush argumenta que o projeto do Senado gasta uma grande parte desses recursos - 61% - antes de 2007. Desta foram, o Congresso seria forçado a cortar programas ou a aumentar o orçamento na segunda metade da década.

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