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Senado dos EUA aprova nova lei agrícola

Por Fabiola Gomes
Atualização:

O Senado norte-americano aprovou hoje a nova lei agrícola dos Estados Unidos, a Farm Bill, de US$ 290 bilhões, por 81 a 15 votos. Ontem, a lei foi aprovada pelos deputados da Câmara. Com a votação de mais de 80% dos senadores a favor da Farm Bill, que irá vigorar pelos próximos cinco anos, os congressistas poderão ter força para superar o veto presidencial. A administração Bush afirmou inúmeras vezes que o presidente poderá vetar a lei da forma como ela foi proposta pela comissão mista da Câmara e Senado. Os senadores classificaram a nova lei agrícola como um instrumento necessário para ajudar na construção da indústria de etanol de celulose, expandir os programas de alimentação e nutrição, dar apoio aos produtores de frutas e vegetais e fortalecer o sistema de subsídios dos produtores de milho, soja, trigo e outras commodities. Mas oponentes como o senador republicano Judd Gregg, de New Hampshire, afirmam que a nova lei tem um custo muito alto e ainda concederia subsídios a produtores que não precisam do apoio governamental. Gregg elaborou um relatório em que aponta que os "fazendeiros norte-americanos nunca estiveram em situação melhor" e que a "receita do setor agrícola é projetada em mais de US$ 92,3 bilhões neste ano, valor 51% maior que a média dos últimos dez anos. Os fazendeiros estão tendo receitas e retorno de investimentos quase recordes". Entretanto, os opositores à nova Farm Bill são minoria no Congresso. Ontem, a Câmara aprovou a lei por 318 a 106 votos. Os congressistas recusaram-se a cortar os subsídios agrícolas, como havia pedido a administração Bush, o que suscitou críticas do secretário Ed Schaffer, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), após a aprovação da lei ontem. "Em um período de receita recordes dos fazendeiros, a lei envia mensagens errôneas para o resto do país que não se beneficiam do boom do setor agrícola", disse Schafer. As informações são da Dow Jones.

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