
23 de maio de 2017 | 10h14
BRASÍLIA - Apesar de tentativa de obstrução da oposição, senadores iniciaram nesta manhã o debate sobre a reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa. Relator da proposta na comissão, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) deve apresentar seu parecer sobre o texto assim que a discussão for finalizada. A audiência pública para debater o assunto começou por volta das 9h20.
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Os senadores do PT Gleisi Hoffmann (PR) e Lindbergh Farias (RJ) pediram a palavra segundos após a abertura da sessão, assim que o presidente da Comissão, Tasso Jereissati (PSDB-CE) iniciou sua fala. A senadora Gleisi Hoffmann argumentou que a sessão não poderia começar às 9h04 com atraso superior a 30 minutos do horário original - a sessão havia sido marcada para 8h30 - e o baixo quórum da sessão - que contava naquele momento com três senadores presentes.
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Em resposta, Tasso Jereissati disse que atrasos superiores a 30 minutos eram comuns nessa sessão e que ocorreram inclusive no período em que a senadora do PT era presidente da CAE. Além disso, o senador tucano pediu à colega paranaense que registrasse presença no painel da comissão. "A senhora não está presente?", questionou Jereissati, ao citar que a parlamentar não havia registrado presença na comissão.
Em seguida, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) pediu a palavra e disse que a realização da audiência pública em um momento como o atual é uma "provocação". "Agem como se nada acontecesse no Brasil desde a quarta-feira", disse, ao mencionar a delação de Wesley Batista. Jereissati respondeu que "nesta comissão não aconteceu nada" e que, por isso, os trabalhos deveriam continuar.
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A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) também usou a palavra para afirmar ser contra a realização da sessão. Por outro lado, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) foi o único a defender a realização da audiência e demonstrar apoio ao presidente da CAE.
Após debate de cerca de 15 minutos, Jereissati chamou os convidados: o professor Professor da Unicamp e Presidente da Fundação Perseu Abramo, Márcio Pochmann; professor da Escola de Economia de São Paulo da FGV, André Portela; professor da Unicamp, Eduardo Fagnani; e o professor do Insper, Sérgio Pinheiro Firpo.
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