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Senado vota hoje projeto decisivo para futuro de Duhalde

Por Agencia Estado
Atualização:

O Senado argentino define hoje o futuro do presidente Eduardo Duhalde ao votar a proposta de revogação da Lei de Subversão Econômica. Sem ter certeza se terá os votos necessários para impor a revogação, a bancada justicialista tentará cumprir uma das três principais exigências do Fundo Monetário Internacional que faltam para que o governo feche o acordo com este organismo. O presidente já avisou que renunciará ao cargo se não obtiver o apoio político para adotar as medidas necessárias. Primeiro, a Lei foi revogada pelo Senado. Depois, na Câmara, ao invés de confirmar a decisão dos senadores, os deputados votaram outro projeto, da UCR (União Cívica Radical) , que não só mantém a Lei como aumenta as penas previstas pela mesma. Agora, o Senado poderá ratificar sua decisão ou a da Câmara, que não serve para o governo atender as exigências do FMI, nem para manter Duhalde no Poder. Para a revogação da Subversão Econômica, o plenário deverá ter a metade mais um dos votos. Dos 69 senadores, 34 votam com o governo, segundo fontes do Partido Justicialista, também chamado de peronista. A UCR prometeu dar quórum de dois terços para a realização da sessão mas não votará com o justicialismo, unindo-se aos oito senadores dissidentes da bancada oficial. O trabalho do governo será duro porque embora necessite apenas de mais dois votos, estes terão que sair do grupo rebelde que não está disposto a mudar sua opinião. O líder da bancada peronista, José Luis Gioja (San Juan), afirmou que existem boas possibilidades de aprovar a revogação porque dos 69 senadores, pelo menos um, Pedro Salvatori (PJ-Neuquém), não comparecerá à sessão por motivos de doença, o que torna a votação empatada. Seu moderado otimismo é explicado pelo fato de que o empate favorece o justicialismo, já que o desempate se dá com o voto duplo do presidente da Casa, o também peronista Juan Carlos Maqueda. Neste caso, o governo venceria por 36 a 34, um resultado bastante apertado. Apesar dos cálculos, nenhuma fonte do PJ ou da UCR se anima a fazer um prognóstico sobre o resultado da votação. Leia o especial

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