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Sentimento entre os grandes empresários piora no Japão

Por Hélio Barboza
Atualização:

O sentimento entre os grandes empresários industriais do Japão se deteriorou, segundo a pesquisa Tankan do Banco do Japão (BOJ, o banco central japonês) de dezembro. A piora, no entanto, não foi tão grande quanto se esperava, dadas as pressões da valorização do iene e do enfraquecimento das economias globais.A pesquisa trimestral, que é examinada com atenção pelo BOJ na formulação da política monetária, também mostrou que as firmas estão mais agressivas em seus investimentos neste ano fiscal, uma vez que existe a expectativa de uma recuperação dos lucros. O índice de difusão para grandes indústrias, principal indicador da pesquisa, caiu de 8 em setembro para 5 em dezembro, a primeira baixa desde março de 2009, que se seguiu à crise financeira global.Mas o número também foi um pouco melhor que o esperado. Economistas haviam previsto que o índice cairia para 3. O dado representa o porcentual de companhias que dizem que o ambiente de negócios é bom, menos o das que dizem que o ambiente é ruim. O sentimento entre as grandes empresas não industriais também recuou ligeiramente em dezembro, para 1, comparado à leitura de 2 no levantamento de setembro. A previsão dos economistas era ainda pior, de zero.O fato de haver mais companhias relatando que as condições estão boas do que as que dizem que as condições estão ruins pode ajudar a dissipar a noção de que o empresariado japonês está atormentado com as preocupações sobre a desaceleração da economia no trimestre de outubro a dezembro, quando o consumo doméstico foi contido pelo encerramento dos incentivos oficiais para a compra de alguns produtos, como carros menos poluentes.Outro sinal positivo da pesquisa foi a revisão para cima dos planos de investimento das grandes empresas. O dado, que agrega as grandes companhias industriais e as não industriais, aponta uma elevação dos investimentos de 2,9% no ano fiscal que começou em abril. O porcentual ficou acima dos 2,6% previstos pelos economistas e dos 2,4% apurados na pesquisa de três meses atrás.O levantamento mostrou ainda que as grandes companhias esperam um aumento dos lucros neste ano fiscal. As grandes indústrias preveem um ganho de 57,8%, depois de uma queda de 3,7% verificada no ano fiscal anterior. As grandes empresas não industriais esperam crescimento de 17,1%, após um recuo de 7,7%. As últimas previsões de lucros se baseiam em um dólar médio de 86,47 ienes neste ano fiscal, comparado a 89,66 ienes da pesquisa de setembro. Segundo o banco central, a última previsão é a mais alta projeção média já registrada para o iene. As informações são da Dow Jones.

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