PUBLICIDADE

Publicidade

S&P diz que rating independe de eleições

Após declarações de consultores da agência de risco Standart & Poor´s com relação à interferência que o futuro presidencial brasileiro tem numa possível reclassificação positiva, o diretor da agência diz que upgrade pode ocorrer dentro de três anos.

Por Agencia Estado
Atualização:

"A elevação do rating soberano do Brasil pela Standard & Poor´s não necessariamente terá de esperar até as próximas eleições presidenciais em 2002", disse ontem o diretor da S&P, David Beers. Ele afirmou que a perspectiva positiva conferida pela agência de classificação de risco em fevereiro deste ano para o rating do Brasil indica que "há possibilidade de upgrade dentro de três anos". Segundo Beers, a S&P "não necessariamente esperaria até a próxima eleição" para promover o rating do Brasil. "Quando nós mudamos a perspectiva para positiva, indicamos que, na nossa opinião, o rating poderia ser elevado", afirmou Beers. "Olhando para as políticas, o Brasil tem melhorado, há um progresso e nós não estamos pressupondo, olhando para as próximas eleições, que estas políticas mudarão radicalmente." O esclarecimento de Beers foi dado diante das duras reações do Banco Central e dos meios políticos brasileiros a uma declaração de seu colega, diretor de risco soberano especializado em América Latina, John Chambers, ao Estado, na terça-feira, indicando que a disputa presidencial é uma das considerações que pesam na decisão de reclassificação do risco de crédito da dívida pública. A "ameaça" colocada por Chambers seria a posição de liderança que dois candidatos potenciais da oposição à Presidência "com posições muito heteredoxas de política econômica" - Luiz Inácio Lula da Silva e Ciro Gomes - ocupam nas pesquisas (veja link abaixo).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.