PUBLICIDADE

Publicidade

S&P e Moody''s vêem América Latina preparada para passar crise

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Os mercados da América Latina estão sofrendo com os problemas do setor de crédito imobiliário de alto risco dos Estados Unidos, mas a região está melhor posicionada para enfrentar crises e as avaliações de crédito dos emissores de dívida dos países não devem ser afetadas, disseram duas importantes agências de classificação de risco. "A América Latina está melhor preparada para resistir a choques externos, uma vez que a região implementou mudanças estruturais para fortalecer os fundamentos econômicos", afirmou a Moody''s em nota. Segundo a agência, outro ponto é que atualmente os países da região conseguem crescer com base na demanda interna. A Standard & Poor''s, por sua vez, disse que as entidades corporativas, bancárias e seguradoras da região têm exposição "insignificante" a instrumentos financeiros relacionados aos empréstimos hipotecários de alto risco dos EUA, os chamados subprime. "Portanto, nem mudanças nos preços do mercado nem perdas potenciais de crédito no setor subprime dos EUA... podem afetar essas entidades", avaliou a S&P. Segundo a Moody''s, a turbulência deve continuar por mais algum tempo, mas a agência ressaltou que a crise iniciou-se em uma economia desenvolvida, com maior poder de reação. "Embora a magnitude do problema do mercado subprime dos EUA possa superar as crises financeiras da Ásia e da América Latina na década passada... nesses episódios anteriores, o epicentro era um país emergente, com menor capacidade de reagir e contra-atacar a crise." Atualmente, acrescentou a Moody''s, a capacidade do sistema de suportar uma ação coordenada e dar fim à crise é "muito maior". Mas a região não irá passar imune à crise que vem gerando queda nos mercados financeiros mundiais e levando os investidores para ativos menos arriscados, segundo as agências. Nesta quinta-feira, a Bovespa operava abaixo dos 47 mil pontos, depois do recorde atingido em julho de 58 mil pontos. O dólar subia 3,5 por cento e era negociado a 2,102 reais. (Por Walter Brandimarte e Vanessa Stelzer)

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.