PUBLICIDADE

Publicidade

S&P: política econômica pragmática deve continuar

Por Ricardo Leopoldo
Atualização:

A diretora de rating soberano da agência de classificação de risco Standard & Poor''s, Lisa Schineller, afirmou em entrevista que acredita que a política econômica desenvolvida pela administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve continuar no longo prazo. Tal política é sustentada pelo regime de metas de inflação, austeridade fiscal e câmbio flutuante. "Essa ação do governo gera as bases para mitigar o tamanho da dívida pública em relação ao PIB no Brasil, que é maior do que em outros países que já são investment grade (grau de investimento)", disse. A S&P concedeu hoje ao Brasil a classificação grau de investimento. Na avaliação de Lisa, duas ações do governo Lula foram decisivas para que o Brasil conquistasse o grau de investimento. Uma delas foi a decisão do presidente de manter a austeridade fiscal e preservar a meta do superávit primário de 3,8% do PIB, que foi ratificada diversas vezes ao longo de sua administração, inclusive quando o Congresso rejeitou a aprovação da CPMF em dezembro do ano passado. Outro fator relevante foi a decisão do presidente da República de manter a total liberdade do Banco Central para utilizar todos os instrumentos necessários de política monetária para garantir a estabilidade econômica, sobretudo para combater a alta da inflação e preservá-la no centro da meta de 4,5% determinada pelo Conselho Monetário Nacional. "Estas decisões indicam que o País está comprometido com políticas robustas que visam preservar a rota de crescimento por vários anos, marcada pelos bons resultados das contas públicas e inflação sob controle", apontou. De acordo com o Banco Central, em março o superávit primário atingiu 4,46% do Produto Interno Bruto no acumulado em 12 meses, o melhor resultado desde outubro de 2005, quando atingiu 4,65% do PIB. A Agência Estado foi o primeiro órgão de imprensa para quem a diretora da S&P concedeu entrevista a fim de explicar o grau de investimento concedido ao Brasil.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.