Publicidade

S&P vê oportunidade para emissões soberanas na América Latina

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Condições favoráveis de mercado deverão levar a um forte movimento de emissão de dívidas soberanas na América Latina no próximo mês, disseram autoridades da agência de rating Standard & Poor's nesta segunda-feira. Economias emergentes aproveitaram o recente aumento do apetite por risco para voltar aos mercados de capital, e países como Brasil, México, Indonésia e Turquia têm visto uma forte demanda pelas suas emissões até agora neste ano. De acordo com a equipe de rating da S&P, a situação fiscal do Brasil é a principal barreira para que haja um upgrade. A S&P elevou o rating do Brasil em novembro de BBB- para BBB, com perspectiva estável. "A situação fiscal é o principal ponto", disse o diretor de ratings da S&P Sebastian Briozzo. "Existem algumas melhorias, mas muito graduais. Neste momento essa é a restrição para o rating." A Bolívia afirmou na semana passada que planeja emitir até 500 milhões de dólares em bônus globais na primeira metade do ano, na primeira venda de dívida internacional do país em mais de 90 anos. "Dada a incerteza que temos no mundo, existe uma janela neste momento em que existe muita liquidez", disse o analista da S&P Roberto Sifon Arevalo no intervalo de reuniões do Banco de Desenvolvimento Interamericano. "Esperamos muitas outras, porque realmente não dá para saber como o mundo estará daqui a dois, três meses", completou. A S&P disse ainda que está cautelosa com o Chile, que detém o maior rating de crédito da região. "O Chile, se tiver que receber um upgrade, entraria na categoria AA...os Estados Unidos estão nessa categoria, a França, e por aí vai", disse Sifon Arevalo. "É uma perspectiva positiva, mas definitivamente estamos dando esses passos de maneira bastante cautelosa." Briozzo explicou que entre os pontos que serão avaliados para definir se o Chile merece o rating AA estão o crescimento potencial e a reforma microeconômica. (Por Krista Hughes)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.