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Separação total entre Opel e GM é impossível, diz Alemanha

Documento do governo afirma também que o plano de reestruturação da Opel prevê US$ 2,4 bi em apoio da GM

Por AE-Dow Jones
Atualização:

Uma completa separação entre a montadora alemã Opel e sua controladora, a norte-americana General Motors, é impossível, de acordo com um documento do Ministério da Economia da Alemanha visto pela agência Dow Jones. O documento, elaborado para o comitê de economia e tecnologia do Parlamento alemão, também afirma que o plano de reestruturação da Opel prevê cerca de US$ 2,4 bilhões em apoio da GM e inclui US$ 1,2 bilhão em corte de custos estruturais na Europa, que podem exigir uma redução de 25% na capacidade da empresa.

 

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O ministério pediu a uma empresa de advocacia que analisasse como garantir que qualquer ajuda estatal à Opel não seja transferida para a GM e permaneça na Alemanha, mesmo se a companhia norte-americana declarar insolvência. "Os resultados mostram que uma absoluta separação da GM não é possível", diz o documento. "Mas pode-se tentar criar um certo grau de segurança para os credores alemães", acrescenta.

 

O apoio financeiro da GM viria, em particular, na forma de contribuições de capital por parte de outras unidades da GM na Europa e de dinheiro para programas de aposentadoria, segundo o documento. O corte na capacidade de produção ocorreria com o fechamento de três fábricas, embora nenhuma decisão tenha sido tomada ainda. Ainda de acordo com o documento, sob o plano de resgate da Opel, além da contribuição de US$ 2,4 bilhões da GM, governos europeus forneceriam € 3,3 bilhões (US$ 4,3 bilhões) em ajuda.

 

"Esse modelo parece ser favorecido pela GM. Uma precondição para isso seria que a GM mantivesse uma participação majoritária na companhia", diz o documento. Porém, executivos da companhia norte-americana têm afirmado nas últimas semanas que a empresa está disposta a vender uma participação majoritária na Opel.

 

O ministro da Economia da Alemanha, Karl-Theodor zu Guttenberg, está nos EUA para conversar com o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, e executivos sobre um possível resgate da Opel. As informações são da Dow Jones.

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