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Será preciso alternativas para atender demanda futura de energia

Segundo o BNDES, em 2015 a demanda de energia elétrica terá um acréscimo de 40 mil megawatts

Por Agencia Estado
Atualização:

O chefe do departamento de Energia Elétrica do BNDES, Nelson Siffer, afirmou nesta quinta-feira que, para atender ao acréscimo de demanda de energia elétrica de 40 mil megawatts, previsto até 2015, é necessário combinar alternativas que vão desde hidrelétricas e termelétricas a tipos de energia renovável. Durante o seminário "O BNDES que temos e o que queremos", na sede do banco no Rio de Janeiro, Siffer comentou as críticas que freqüentemente os projetos de energia hidrelétrica e térmica recebem, seja por custo elevado ou impacto ambiental. "Não podemos ter somente projetos de energia alternativa porque não há projetos suficientes de energia alternativa que possam suprir a demanda (necessária até 2015). São necessários projetos de energia hidrelétrica, de energia térmica e de energia renovável", comentou. Siffer afirmou que a projeção de demanda até 2015 consta do plano decenal, e está embasada em um crescimento de 4,5% ao ano do PIB. De acordo com o executivo, o BNDES está atento a essa perspectiva. Segundo ele, de 2003 a 2006, o banco aprovou financiamentos para 62 projetos de geração de energia, que somam um total de 10,4 gigawatts. Esse total de projetos representa R$ 7,6 bilhões em financiamentos do banco no período, e têm investimento total de R$ 13,2 bilhões. No mesmo período, em linhas de transmissão, o banco aprovou financiamentos para 12 projetos, que representaram desembolsos do banco da ordem de R$ 2 bilhões - sendo que os investimentos totais dos projetos ficaram em torno de R$ 4,7 bilhões. Também de 2003 a 2006, em distribuição, o banco aprovou financiamentos para nove projetos, que representaram financiamentos de R$ 1,7 bilhão do BNDES, com investimentos totais, nos empreendimentos, de R$ 2,9 bilhões. Siffer citou ainda três grandes projetos em estudo para financiamento pelo banco: as hidrelétricas de Foz do Chapecó, com capacidade para 855 MW; a de São Salvador, com capacidade para 247 MW; e a de Estreito, no Rio Tocantins, com capacidade 1.087 MW. "Mas essa última ainda não tem licenciamento ambiental", considerou o economista, ressaltando que o banco não aprova desembolsos sem o respectivo aval de licenciamento ambiental. "A licença ambiental tem que ser colocada como variável, sempre, no planejamento do projeto (de hidrelétrica), quando é inventariado o potencial hídrico", afirmou.

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