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Serasa vê queda do PIB no 3º trimestre, após desempenho negativo da economia em julho

Indicador da Serasa Experian mostra que a atividade econômica no País recuou 0,3% em julho, o que é apontado por analistas da instituição como o prenúncio de mais um recuo do PIB

Por Igor Gadelha
Atualização:
Câmbio, taxa de juros, falta de confiança de empresários e crise fiscal são fatores apontados por economistas da Serasa Experian para a performance 'anêmica' da economia Foto: Clayton de Souza/Estadão

A economia brasileira recuou 0,3% em julho ante junho, já descontados os efeitos sazonais, mostra o Indicador Serasa Experian da Atividade Econômica divulgado nesta quinta-feira, 17. 

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De acordo com economistas da Serasa Experian, o resultado sinaliza nova queda do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2015, o que se configurará como o terceiro trimestre consecutivo de retração. Pelo indicador da empresa, o PIB brasileiro recuou 0,9% em maio e não variou em junho. 

"A retração da atividade econômica em julho é prenúncio de nova queda da economia no acumulado deste terceiro trimestre, o que aprofundaria ainda mais o atual quadro recessivo", avaliaram os economistas em nota à imprensa. No período de abril a junho deste ano, a economia brasileira encolheu 1,9%, nos cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Segundo os analistas da Serasa Experian, a deterioração "ininterrupta" da confiança de empresários e consumidores, taxas de juros e de câmbio em ascensão e "gravíssimos" problemas no campo fiscal são as principais causas da performance "anêmica" da economia brasileira em 2015.

Pelo lado da oferta, apenas o setor de serviço registrou desempenho positivo em julho ante junho, de 0,2%. Indústria e agropecuária, por sua vez, recuaram 2,2% e 1,3% no período, respectivamente. Já do ponto de vista da demanda, todos os componentes tiveram retração em julho na variação mensal. O consumo das famílias caiu 0,1%, o do governo recuou 0,3%, investimentos diminuíram 0,1%,exportações, 5,7% e importações, 2,2%.

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