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Serra comemora resultado do leilão do Rodoanel

Por AMANDA VALERI
Atualização:

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), comemorou hoje o resultado da licitação do trecho Oeste do Rodoanel. Apesar de ter mantido a cobrança de outorga de R$ 2 bilhões ao consórcio vencedor da licitação, o governo paulista conseguiu diminuir consideravelmente a tarifa proposta para o pedágio. "O leilão foi extremamente bem-sucedido. E em relação ao nosso modelo de concessão, que manteve a necessidade de outorga para que as empresas paguem para obter a concessão, foi um sucesso", disse, durante entrevista coletiva à imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista. A concessão do trecho foi vencida pelo consórcio Integração Oeste, que é formado em 95% pela Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) e em 5% pela Encalso Construções, que ofereceu a menor tarifa, de R$ 1,1684, o que representou um deságio de 61,05% sobre a tarifa máxima de R$ 3 que o governo estabeleceu como base em julho de 2007. Questionado sobre o valor oferecido pelo consórcio (média de R$ 0,03 por quilômetro) ser maior do que o praticado em estradas federais, como a Fernão Dias, Serra destacou: "As concessionárias que venceram (as licitações) nas federais não tiveram que pagar nada e aqui ela (a concessionária) vai ter que pagar R$ 2 bilhões. E este valor nós vamos investir no trecho Sul do Rodoanel". Além disso, segundo o governador de São Paulo, o Rodoanel terá seis vezes mais investimentos por quilômetro do que em outras vias estaduais. "Nesse sentido, essa concessão está ajudando a ampliar o Rodoanel", afirmou. Sobre o surgimento de uma possível pressão de outras concessionárias para baixar os preços das tarifas cobradas nos pedágios (as mais altas do País), por conta do resultado obtido hoje, Serra ponderou: "Vamos fazer as concessões daquelas cinco outras estradas (Dom Pedro, Ayrton Senna, Carvalho Pinto, Raposo e Marechal Rondon) e vamos ver o que acontece". E complementou: "Vamos trabalhar nas coisas que estão sendo feitas agora. A questão do passado, não é que está apagado, mas nós vamos ver primeiro o que acontece no futuro".

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