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Serra: política do BC sobre juro é lenta e equivocada

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O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), voltou a criticar a política monetária do Banco Central, a qual considera "equivocada e morosa" pela falta de ação nos juros. Serra disse que "o Brasil virou um caso de curiosidade mundial, porque todo o mundo está reduzindo os juros e nós estamos mantendo os juros mais elevados do mundo". Ele atribuiu a responsabilidade pela falta de ação ao BC. O governador disse que espera que a taxa Selic seja reduzida "numa intensidade necessária". Ele atribuiu a queda de 0,6% do emprego industrial no País em novembro ante outubro de 2008 aos impactos da crise econômica internacional, mas disse que as ações de política econômica no Brasil são federais. "A ação do governo do Estado é suplementar e menor, e fizemos o possível com a concessão de créditos por meio da Nossa Caixa", afirmou. Serra lembrou que São Parlo está mantendo o nível de investimentos no setor público em 2009 igual ao de 2008. O governador, que esteve em Franca (interior de SP) para inauguração do Campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp), evitou comentar sua posição em reunião prevista dos governadores com o presidente Lula, para discutir a crise econômica. "Primeiro a reunião tem que ser marcada e a pauta precisa ser posta para a gente avaliar", afirmou. Serra evitou comentar sobre sucessão presidencial e sobre as ações do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, como possível candidato do PSDB à Presidência em 2010. Em relação a obras rodoviárias que o governo de São Paulo pretende fazer na região de Franca até a divisa com Minas gerais, Serra disse que as obras vão ser feitas só até a divisa com Minas. "Aécio é meu amigo, mas não dá para fazer outras para outro Estado." Em seu discurso, Serra disse estar concentrado em seu atual mandato e que respeita a imprensa por estar legitimamente concentrada na política eleitoral de 2010.

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