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Serra vai usar R$ 1 bi para financiar pequena empresa

Por Carlos Marchi
Atualização:

Parte do dinheiro recebido do Banco do Brasil pela venda da Nossa Caixa já tem destinação e valor definidos, afirmou ontem à noite o governador José Serra: R$ 1 bilhão irá integralizar o capital da Agência de Fomento do Estado de São Paulo, uma espécie de BNDES estadual criado para financiar pequenos e médios empresários do Estado. A parcela mais significativa, que ainda não tem um valor definido, tratará de dois problemas cruciais da Grande São Paulo: metrô e trens metropolitanos. O dinheiro vem a calhar para o setor: o Estado já está destinando recursos expressivos para o transporte sobre trilhos na capital, mas nunca há dinheiro suficiente, porque todas as obras hoje planejadas para o metrô custarão R$ 17 bilhões. Serra quer que os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) funcionem como se fossem um metrô de superfície, mas não espera terminar tudo até 2010. ?Não vou inaugurar boa parte disso?, disse ele ontem, numa entrevista em que anunciou a venda da Nossa Caixa. O governo paulista também vai destinar partes significativas da venda da Nossa Caixa para a construção de estradas vicinais e acessos para municípios, outro investimento importante para Serra. Ontem, por exemplo, o governador chegou bem atrasado para a entrevista sobre a venda da Nossa Caixa porque estava inaugurando vicinais nas regiões de Lins e Avaré. Serra disse que até 2010 construirá acessos a todos os 350 municípios paulista que ainda não estão interligados. Outra parte significativa do dinheiro da Nossa Caixa irá para a construção de hospitais de reabilitação da Rede Lucy Montoro, que seguirá o modelo do Hospital Sarah Kubitschek, de Brasília. Ao todo, explicou Serra, serão seis hospitais em todo o Estado, sendo que dois já estão em construção. Esses hospitais serão vinculados à Secretaria dos Direitos das Pessoas com Deficiência e administrados por organizações sociais. Parcela importante da venda da Nossa Caixa irá reforçar o programa de ensino técnico e tecnológico, na construção de Faculdades de Tecnologia e Escola Técnicas estaduais. Por fim, outras parcelas serão empregadas na expansão do Programa Água Limpa, da Sabesp, e no reaparelhamento das três polícias e na construção de fóruns judiciários. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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