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Sessões de julgamento de ‘tribunal’ da Receita são suspensas

Segundo comunicado, sessões previstas para este ano serão reprogramadas para adequação às necessidades do órgão

Foto do author Lorenna Rodrigues
Foto do author Andreza Matais
Por Lorenna Rodrigues (Broadcast) e Andreza Matais
Atualização:

Em meio ao escândalo de corrupção investigado na Operação Zelotes, o Ministério da Fazenda informou que suspendeu todos os julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), previstos para este ano até a divulgação de novo calendário a ser publicado no site do órgão, "sem prejuízo do total de sessões previstas para o ano".

"O fortalecimento do Carf é um dos temas que elegi para a minha administração", afirmou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Foto: André Dusek/Estadão

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Decisões do Carf estão sob investigação de uma força tarefa da PF, MPF, Receita e Corregedoria do Ministério da Fazenda por suspeita de terem sido compradas. As fraudes, que contariam com a participação de servidores e conselheiros do Carf, podem ter causado prejuízos de R$ 19 bilhões aos cofres públicos. Até agora, já foram comprovados R$ 6 bilhões de desvios.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o órgão está tomando medidas para fortalecer o Carf. Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Levy explicou que o conselho suspendeu as sessões de julgamento até que "algumas coisas sejam pacificadas". "Não é uma coisa que se deva fazer espalhafato, mas todas as ações serão e estão sendo tomadas. O fortalecimento do Carf é um dos temas que elegi para a minha administração. É muito importante porque diminui a necessidade de se aumentarem impostos e dá o sinal correto para o bom contribuinte", completou.

Levy listou entre as medidas que estão sendo adotadas o sorteio eletrônico para a distribuição dos processos. Outra medida que, de acordo com o ministro, será adotada, é em agrupar os julgamentos por tema, para que as decisões do conselho sejam vinculantes. "Também fizemos uma reorganização do próprio processo de escolha , com um sistema de veto mais rigoroso", declarou.

O ministro lembrou que, já em sua posse, nomeou o então secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, para a presidência do Carf. "Eu, quando entrei, desloquei um funcionário extremamente qualificado e experiente exatamente porque entendemos todas as repercussões daquele órgão", afirmou.

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