GENEBRA - A indústria aérea na América Latina deve registrar um lucro líquido de US$ 200 milhões em 2017, de acordo com projeções divulgadas nesta quinta-feira, 8, pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). O número está abaixo do resultado estimado pela entidade para a região em 2016, de US$ 300 milhões.
Segundo as perspectivas da Iata para o continente, o lucro líquido por passageiro das empresas aéreas latino-americanas deve ficar em US$ 0,76 em 2017, com a margem líquida chegando a 0,7%. A entidade ainda projeta que a demanda na América Latina deve aumentar 4% em 2017, enquanto a oferta deve crescer num ritmo maior, de 4,8%.
A associação destaca que, apesar dos sinais de melhora no câmbio e nas perspectivas econômicas dos países da região, as condições operacionais para as aéreas seguem desafiadoras - para a Iata, deficiências na infraestrutura, impostos elevados e obstáculos de natureza regulatória seguem freando o desenvolvimento da indústria.
"Ainda precisamos de infraestrutura eficiente na região, há muitos aeroportos e HUBs obsoletos", disse o vice-presidente regional para as Américas da Iata, Peter Cerdá, em conversa com jornalistas durante evento promovido pela entidade, em Genebra. "As aéreas, nos últimos anos, aumentaram a capacidade, fortaleceram as operações locais e compraram novas aeronaves, mas estão sendo impedidas de crescer por causa da infraestrutura".
*O jornalista viaja a convite da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês)