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Setor aéreo prevê dobro de passageiros até 2025

Até 2025, Ásia pode superar mercado norte-americano em termos de ocupação

Por Agencia Estado
Atualização:

O número de passageiros em vôos comerciais deve dobrar até 2025, superando a marca de 9 bilhões por ano, disse uma entidade do setor nesta terça-feira. O Conselho Internacional dos Aeroportos (ACI, na sigla em inglês) previu que no mesmo período o fretamento aéreo vai triplicar. Em sua Previsão do Tráfego Global 2006-2025, o ACI disse que o movimento nos 1.650 aeroportos domésticos e internacionais operados por seus 567 membros vai crescer uma média anual de 4% nesse período. Atualmente há 4,2 bilhões de passageiros aéreos por ano. Ambientalistas dizem que a aviação é uma fonte cada vez mais expressiva de emissões de dióxido de carbono, um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa. O setor aéreo asiático deve crescer 9% ao ano, puxado pela Índia (10,4%) e China (8,1%), segundo o ACI. Até 2025, a Ásia pode tirar da América do Norte uma liderança em termos de movimento que a região ocupa desde os primórdios da aviação civil. No ano passado, os aeroportos da América do Norte tiveram 1,5 bilhão de usuários, contra 897 milhões na Ásia. O volume do fretamento asiático em 2005 ficou em 26 milhões de toneladas, apenas 5 milhões a menos que na América do Norte, e a Ásia deve ser o maior mercado mundial do frete até 2025, segundo o ACI. A movimentação de aviões pelo mundo deve crescer a uma média de apenas 2,8% nas próximas duas décadas, segundo o ACI, por causa de uma nova geração de aviões com mais capacidade de cargas e passageiros. Robert Aaronson, diretor-geral do ACI, disse ser importante que as empresas e órgãos do setor aéreo, além dos governos, garantam a conservação dos atuais aeroportos e a construção de novos para atender ao crescimento da demanda, pois do contrário "o conforto do passageiro vai sofrer". Segundo ele, em todo o mundo há projetos sendo retardados devido a regulamentos "que distorcem as forças do mercado e criam obstáculos burocráticos custosos e morosos ao desenvolvimento aeroportuário".

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