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Setor de aviação anuncia uma das 'piores crises' da história

Prejuizos da indústria para 2009 chegarão a US$ 4,7 bi, segundo dados da Iata; custo de passagens pode cair

Por Jamil Chade , de O Estado de S. Paulo e e Reuters
Atualização:

O setor de aviação anuncia uma das "piores crises" em sua história. Em um comunicado divulgado nesta terça-feira, 24, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) alerta que os prejuizos da indústria para 2009 chegarão a US$ 4,7 bilhões. Inicialmente, a previsão de prejuizos era de "apenas" US$ 2,5 bilhões. Na América Latina, a previsão é de prejuizos de US$ 600 milhões.

 

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"A situação da indústria aérea hoje é cinzenta. A demanda se deteriorou de maneira muito mais rápida com a desaceleração econômica do que nós poderíamos prever", disse o diretor-geral da Iata, Giovanni Bisignani. "O alívio dos preços menores de combustíveis está sendo sobrepujado pela demanda em queda e receitas despencando. A indústria está em tratamento intensivo."

 

A Iata, que representa 230 companhias aéreas incluindo British Airways e United Airlines, também aumentou a estimativa das perdas das companhias aéreas internacionais em 2008 para US$ 8,5 bilhões, ante previsão anterior de US$ 8 bilhões.

 

O órgão suíço informou que sua nova previsão é baseada na perspectiva de que a economia e a demanda por transporte aéreo vão atingir o fundo do poço em meados de 2009 e então começar a se recuperarem. "Esperamos melhores condições mais para o fim do ano ou início de 2010", disse Bisignani em entrevista no aeroporto de Genebra.

 

As principais companhias aéreas reduziram tarifas para encorajar o tráfego e revelaram uma série de medidas de cortes de custos para se manterem operando em meio à crise. As tarifas devem continuar baixas durante o ano.

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As companhias aéreas da região Ásia-Pacífico continuarão sendo as mais atingidas pela crise econômica, devendo sofrer perdas de US$ 1,7 bilhão, contra previsão anterior de prejuízos de US$ 1,1 bilhão em 2009, segundo a Iata.

 

Quase 40 companhias aéreas suspenderam operações nos últimos 15 meses por incapacidade de pagarem suas contas, disse Bisignani. A demanda internacional de passageiros caiu 5,6% em janeiro em relação ao mesmo mês de 2008 e os volumes de cargas recuaram 23,2% na mesma comparação, na oitava contração consecutiva.

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