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Setor de cosméticos aposta no conceito da ‘beleza limpa’

Produtos que eliminam matéria-prima que pode ser prejudicial à saúde e ao ambiente ganham mais força

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Por Redação
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Dois exemplos do mercado de cosméticos que estiveram entre os cases destacados na Conferência Brasil Verde demonstram que os negócios sustentáveis podem ter características extremamente desejáveis no mundo dos negócios, como rápida expansão e perenidade.

Criada há apenas quatro anos, a Single Organic Beauty trabalha em torno do conceito de “beleza limpa” – ou seja, utiliza fórmulas que eliminam matérias-primas que podem ser prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. “É possível conciliar a sustentabilidade com as tendências de consumo, pois a natureza oferece alternativas incríveis”, diz a fundadora, Patrícia Lima. 

Em sintonia com os princípios da marca, a empresa vem apoiando o desenvolvimento da infraestrutura de saneamento e Tecnologia da Informação na comunidade Anajás, na Ilha do Marajó, Pará, de onde vem boa parte dos óleos essenciais utilizados em suas fórmulas. 

O perfil do negócio, visto como promissor por muitos investidores, passou a atrair uma série de parceiros em potencial. No final do ano passado, a Hypera Pharma, maior empresa farmacêutica do Brasil em receita líquida, anunciou a aquisição de participação majoritária na startup, que continuará tendo a fundadora à frente dos negócios, garantia de que a ideia não perderá sua identidade. “Ao contrário, o que tenho agora é condições de viabilizar meus sonhos”, diz a empreendedora.

A Weleda atua em linha semelhante de valorização de ingredientes naturais, só que já faz isso há exatos 100 anos – foi fundada em 1921, na Suíça, inspirada em princípios da antroposofia, filosofia baseada na ideia de que a natureza oferece tudo o que é necessário para uma vida equilibrada.

Laboratório da Weleda, que adota princípios da antroposofia. Foto: Valéria Gonçalvez - 30/09/2008

 

“Nossos produtos só utilizam matéria-prima proveniente da natureza, em processos que respeitam os ciclos naturais”, diz Maria Claudia Villaboim Pontes, CEO da Weleda no Brasil e diretora regional na América Latina.

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Apesar de ter uma fazenda própria em São Roque (SP), a Weleda precisa de parcerias complementares, estabelecidas com produtores que recebem todo o apoio e orientação para que não precisem utilizar químicos. “Há produtos que demoram até três anos para ficar prontos”, conta a CEO. Para dar segurança aos parceiros, a empresa garante a remuneração mesmo que haja problemas no processo, como intempéries climáticas.

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