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Setor de material de construção tem ajuste lento

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Por Redação
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Apesar de beneficiados da redução do IPI desde abril, as fábricas de cimento, alumínio, revestimentos cerâmicos e vidros só começaram a reduzir a capacidade ociosa este mês, informa Melvyn Fox, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Material de Construção (Abramat). Em maio, o setor operava com 78% da capacidade instalada, abaixo dos 90% do período pré-crise. "O impacto inicial do IPI foi sentido no varejo que acumulou estoques", diz Fox. Em maio, as vendas do setor cresceram 6% em relação a abril, o primeiro aumento desde o início do crise. No acumulado do ano, o faturamento recuou 16% ante o período de janeiro a maio de 2008. A sondagem industrial da Fundação Getúlio Vargas (FGV) detectou queda no nível de estoques excessivos da indústria de material de construção, de 16,8% em janeiro para 5,7% em maio. A expectativa do setor para o segundo semestre é positiva. Fox acredita que as vendas dos próximos meses serão fortes o suficiente para compensar as perdas registradas pelas empresas até agora. A expectativa é fechar 2009 com faturamento entre 1% e 3% acima de 2008. Para o executivo, uma série de fatores vai estimular a produção de materiais de construção: a redução do IPI, a melhora no crédito, a queda da taxa de juros e o início do programa "Minha Casa, Minha Vida", do governo federal, que promete construir 1 milhão de casas. A recuperação da construção civil está ajudando, por exemplo, os fabricantes de fios de cobre. Segundo Ademar Camardella Santos, presidente da IPCE, o volume de estoques da empresa caiu 15% nos últimos meses. Sérgio Aredes, presidente do Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos e Laminação de Metais Não-Ferrosos do Estado de São Paulo (Sindicel), acredita que as vendas no segundo semestre devem subir 10% em relação à primeira metade do ano.

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