
19 de março de 2014 | 02h08
Em alguns subsetores - como o de serviços técnico-profissionais - chegou a haver declínio real de faturamento na comparação anual. Em relação a janeiro do ano passado, caiu a receita de transportes terrestres. Já os serviços prestados às famílias e os serviços de transportes em geral, auxiliares de transportes e correios evoluíram mais de 10%, tanto em bases anuais como na comparação com o mesmo mês de 2013.
Com peso próximo de 70% na economia, o setor de serviços é o principal empregador de mão de obra. De sua vitalidade tem dependido, em boa parte, o ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), pois o comportamento da indústria de transformação é ruim e o peso relativo do agronegócio - apesar da sua enorme vitalidade - é pequeno na composição do produto.
As atividades ligadas à demanda das empresas foram as principais responsáveis pela aceleração do crescimento. Como enfatizou um técnico do IBGE, Roberto Saldanha, "nós tivemos uma recuperação em relação a dezembro, influenciada por crescimento mais expressivo em serviços de informação e comunicação e serviços profissionais, administrativos e complementares".
Os indicadores do setor de serviços confirmam que houve ligeira melhora da atividade econômica neste ano, já retratada em pesquisas sobre a atividade da indústria e do comércio. Nada, porém, capaz de alterar - e prontamente - as perspectivas deste ano, que continuam apontando para um crescimento econômico pífio, entre 1% e 2%, e uma inflação próxima do teto das metas de inflação.
Os indicadores comparativos de janeiro de 2013 e de 2014 foram positivos em todas as regiões pesquisadas, com destaque para o Distrito Federal, Goiás e Paraíba. No caso de Brasília (+19,1%), o ano eleitoral parece favorecer o aumento das rendas dos prestadores de serviços. As menores taxas nominais de crescimento - e negativas, em termos reais - foram encontradas em Mato Grosso, Pará e Piauí.
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