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Setor de serviços sobe 6,6% em junho e tem maior alta desde 2011

Em relação a junho de 2017, o volume de serviços avançou 0,9%, segunda taxa positiva do ano nessa comparação, de acordo com o IBGE

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:

RIO - O volume de serviços prestados teve um avanço de 6,6% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  Com o resultado, o setor se recupera da queda de 5,0% registrada em maio (dado já revisado) - quando ocorreu a greve dos caminhoneiros.

No mês anterior, o dado foi revisado de uma queda de 3,8% para uma redução de 5,0%. O resultado ficou acima do teto das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam desde uma queda de 0,20% a um avanço de 4,50%, com mediana positiva de 3,00%.

A taxa acumulada pelo volume de serviços prestados no ano ficou negativa em 0,9% Foto: Daniel Teixeira|Estadão

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Na comparação com junho do ano anterior, houve alta de 0,9% em junho deste ano, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões iam de queda de 3,28% a alta de 1,70%, com mediana negativa de 0,50%. A taxa acumulada pelo volume de serviços prestados no ano ficou negativa em 0,9%, enquanto o volume acumulado em 12 meses registrou perda de 1,2%.

Após ter sido prejudicado pela paralisação dos caminhoneiros, que se prolongou por onze dias ao fim de maio, o setor de serviços mostrou recuperação em junho em quase todas as atividades pesquisadas. A única exceção foi o segmento de serviços prestados às famílias, que caiu 2,5% em junho ante maio. "Os restaurantes puxaram essa queda nos serviços prestados às famílias", explicou Rodrigo Lobo, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.

O segmento de restaurantes responde por 45% dos serviços prestados às famílias. Segundo Lobo, a situação difícil no mercado de trabalho e na renda familiar leva a uma conjuntura desfavorável, em que as pessoas podem preferir poupar ao invés de gastar.

"A greve de caminhoneiros não é preponderante, a queda no segmento (de restaurantes) já vinha de antes. É mais uma questão financeira. As pessoas estão preferindo comer em casa e usando quentinhas informais do que comer em restaurantes. É muito mais uma questão conjuntural do que um entendimento de como a greve de caminhoneiros afetou o setor de restaurantes", afirmou o gerente do IBGE.

Os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio avançaram 15,7% em junho ante maio, o principal impacto positivo para a alta recorde nos serviços como um todo. Os serviços profissionais e administrativos subiram 0,4%; os serviços de informação e comunicação tiveram expansão de 2,5%; e o segmento de outros serviços teve alta de 3,9%. "Transportes são destacadamente o impacto mais positivo, mas é importante o crescimento do setor de informação e comunicação, o mais pesado da pesquisa", lembrou Lobo.

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O segmento de transportes responde por cerca de 32% da média global da pesquisa de serviços, enquanto o setor de informação e comunicação detém uma fatia de aproximadamente de 33%. Lobo ressaltou que as empresas de tecnologia de informação costumam ter desempenho mais elevado nos meses de fechamento de trimestre, o que teria ajudado o setor de informação e comunicação em junho.O agregado especial das Atividades turísticas aumentou 1,0% na passagem de maio para junho.

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