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‘Setor imobiliário é vital para o mercado de trabalho’

Governador Alckmin vê recuperação lenta, mas consistente do segmento imobiliário

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Por Daniel Weterman
Atualização:

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que o País está em um cenário de recuperação da economia e a retomada não vai ser rápida, mas será consistente. Durante discurso na abertura da terceira edição do Summit Imobiliário, realizado pelo Estado e o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) na capital paulista, o governador enfatizou que a indústria imobiliária é fundamental para criar emprego e renda no contexto de recuperação econômica do Brasil.

Durante o evento, Alckmin lançou o edital de concorrência da 1ª PPP da Região Metropolitana de São Paulo Foto: Amanda Perobelli/Estadão

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“Acho que já estamos num cenário de recuperação. Não vai ser rápida, mas tenho certeza que ela vai consistente”, disse o governador.

Durante o evento, o governador lançou o edital de concorrência da primeira Parceria Público-Privada (PPP) da Região Metropolitana de São Paulo. A concorrência internacional da Nova Cidade Albor pretende construir 13,1 mil moradias em uma área entre Guarulhos, Arujá e Itaquaquecetuba.

Serão 10.480 unidades para famílias com renda de até cinco salários mínimos e 2.620 habitações para aquelas que ganham de cinco a dez salários mínimos.

Além dos apartamentos, o projeto prevê a instalação de creches, escolas, postos de saúde e centros comunitários. “Serão 13,1 mil moradias com áreas para indústria, logística e comércio, uma verdadeira cidade planejada. Será maior que 491 municípios do Estado”, destacou o governador. As propostas já começaram a ser recebidas e poderão ser entregues durante 90 dias.

Ele informou também que já foi lançada uma audiência pública para a criação de um fundo imobiliário em São Paulo. “Estamos colocando 300 imóveis do Estado para alienação, mas também para desenvolvimento de projetos. Tem bastante áreas grandes que podem ter vários tipos de planejamentos e desenvolver bons projetos com a iniciativa privada”, afirmou.

Alckmin destacou a parceria público-privada em conjunto com a Prefeitura para a construção de prédios nas áreas remanescentes do Metrô e da CPTM próximas aos trilhos.

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O governador afirmou que nos últimos seis anos sua gestão entregou 60 mil unidades habitacionais e que 30 mil estão em construção. Além disso, o Estado deve chegar a 110 mil casas e apartamentos dos programas Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, e Casa Paulista, do governo estadual. Para o tucano, São Paulo tem destaque por ser o único Estado a destinar 1% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para habitação de interesse social e moradia popular.

Prefeitura. O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu durante o painel “A São Paulo que queremos”, o modelo de gestão adotado pela administração municipal e disse que as ideias inovadoras de seu mandato estão servindo de inspiração para o restante do País.

Doria disse, durante o Summit Imobiliário, que os administradores precisam estar sintonizados com mudança Foto: AMANDA PEROBELLI | ESTADAO CONTEUDO

Doria criticou a burocracia no setor público e defendeu agilidade com mudança nas leis, se necessário, para incentivar a economia. O tucano admitiu ainda que pode reavaliar as regras do Plano Diretor de São Paulo, um pedido feito pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) e endereçado ao prefeito durante o evento. “Se for necessário mudar a lei para proteger a vida e gerar empresas, mude-se a lei”, disse Doria.

O prefeito afirmou que os administradores públicos precisam estar sintonizados com as mudanças e disse não ter medo de fazer esse enfrentamento porque não é candidato à reeleição nem a governador ou presidente.

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Segundo ele, o Brasil voltará a ter crescimento em 2018, com base nos mais recentes dados da atividade econômica. “Estamos em um ano de estabilidade com o último quadrimestre com grandes perspectivas de crescimento e 2018 será efetivamente de crescimento na economia brasileira.”

Doria defendeu seu estilo de governar ao buscar doações de empresas para o município. Segundo ele, em menos de cem dias de governo a Prefeitura conseguiu mais de R$ 256 milhões em contribuições de empresas. “É uma forma diferente, por isso surpreende. Não foi feito anteriormente, mas não tem nada escondido, até porque não sou petista”, disse.

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