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Setor elétrico terá R$ 17 bilhões do BNDES

Por Agencia Estado
Atualização:

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá desembolsar R$ 17 bilhões nos próximos anos para financiar projetos do setor elétrico. A informação foi dada pelo presidente da instituição de fomento, Eleazar de Carvalho, como uma espécie de contraponto ao alerta feito um dia antes por especialistas do setor, de que o País poderia sofrer um novo racionamento se a oferta de energia não crescer a taxa de 5%, ou 3.000 MW por ano, pelo menos. A conclusão das usinas financiadas pelo BNDES acrescentará 20.776 MW ao parque gerador do País, mas não existe um cronograma detalhado sobre os prazos em que essa carga estará disponível. Comparando com as projeções de demanda do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as 21 hidroelétricas e 12 térmicas projetadas devem entrar em operação gradualmente, ao longo dos próximos seis ou sete anos, para fazer frente ao crescimento do consumo. Isso se não considerarmos outras obras não-financiadas pelo banco. Até agora, o BNDES já assinou contratos equivalentes a R$ 11,2 milhões (R$ 3,7 bilhões de financiamento) para a construção das usinas e para investimentos em transmissão e distribuição. No total, os investimentos perfazem R$ 33,9 bilhões, incluindo a participação da iniciativa privada. Os investimentos em distribuição são os que estão mais adiantados. De R$ 2,4 bilhões previstos, R$ 1,9 bilhão já foi contratado. O maior volume de recursos, entretanto, deve ser canalizado para as hidrelétricas: R$ 15,3 bilhões, dos quais R$ 5,5 bilhões do BNDES. Já os projetos das termoelétricas totalizam R$ 10 bilhões, sendo R$ 2,3 bilhões provenientes do banco estatal de fomento. O plano de investimentos também prevê R$ 3 bilhões para projetos de co-geração, que permitem determinados núcleos industriais se tornar auto-suficientes. Em transmissão, o gasto planejado é de R$ 2,3 bilhões, sendo R$ 1,7 bilhão do BNDES. O pacote inclui ainda um financiamento de R$ 4,4 bilhões do banco para as distribuidoras a título de recomposição das perdas de receita que tiveram durante o racionamento. Até o momento, R$ 1,2 bilhão desse montante já foi liberado para as empresas com correção pela taxa Selic.

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