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Setor fabril e venda pendente de casas crescem nos EUA

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Por Redação
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A atividade manufatureira dos Estados Unidos cresceu ao maior patamar em três anos e meio no mês passado e as vendas pendentes de residências aumentaram inesperadamente em setembro, dando esperanças de que a incipiente recuperação daquela economia seria sustentada. O Instituto para Gestão do Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) disse que o seu índice sobre a atividade fabril nacional subiu para 55,7 em outubro, o maior nível desde abril de 2006, acima dos 52,6 de setembro. Analistas esperavam uma leitura de 53,0. Trata-se do terceiro mês seguido que o indicador situa-se acima de 50, a linha que divide expansão e retração. Em outro relatório, a Associação Nacional das Corretoras verificou uma alta em seu índice de vendas pendentes de moradias, baseado em contratos fechados em setembro, de 6,1 por cento, para 110,1 --o maior patamar desde dezembro de 2006. A expectativa era de estabilidade ante os 103,8 de agosto. O resultado confirma uma sequência de oito meses de elevação do índice, a maior desde que o dado começou a ser apurado, em 2001. "Todos os números mostraram uma estabilização e o começo de um algum crescimento. Isso é uma continuação do que temos visto nos últimos meses" disse Thomas Nyheim, vice-presidente e gerente de portfólio no Christiana Bank & Trust Co., em Greenville, Delaware. Os dados ajudaram a acalmar os temores de que a recuperação iniciada no terceiro trimestre poderia cambalear diante do aumento do desemprego. Os membros do Federal Reserve estarão reunidos terça-feira e quarta-feira, e há expectativa de que sinalizem o desejo de manter as políticas de estímulo econômico por algum tempo ainda, para garantir que uma recuperação sustentável se firme. CRÉDITO AJUDOU VENDAS PENDENTES As vendas pendentes de moradias foram impulsionadas por compradores correndo para fechar contratos antes que expirasse o popular programa de crédito de 8 mil dólares para o imposto na aquisição da primeira residência. "O que estamos testemunhando é uma corrida de compradores antes do vencimento do crédito fiscal no final deste mês", disse Lawrence Yun, economista-chefe da NAR. Na comparação com um ano antes, as vendas pendentes dispararam 21,2 por cento em setembro, a maior alta de todos os tempos. Um relatório do Departamento do Comércio também mostrou que os gastos com construção subiram 0,8 por cento, para 940,3 bilhões de dólares, após queda de 0,1 por cento em agosto. Inicialmente, havia sido informada uma alta de 0,8 por cento em agosto. Analistas consultados pela Reuters estimavam uma queda de 0,2 por cento nos gastos com construção. Os gastos públicos com construção, irrigados com bilhões de dólares dos planos de estímulo econômicos, subiram 1,3 por cento, para 326,4 bilhões de dólares, a maior alta de todos os tempos, após caírem 1,1 por cento em agosto. Os projetos de moradias cresceram 3,9 por cento, o maior ganho desde o acréscimo de 4,2 por cento em julho de 2003, em um sinal de que o fortalecimento pode estar retornando para o devastado setor imobiliário residencial. (Reportagem de Lucia Mutikani, Chris Reese e Lisa Lambert)

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