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Setor imobiliário espera melhora no 2º semestre

Para Federação Nacional dos Corretores de Imóveis, consumidor antecipará compra nos próximos meses, antes de ajuste fiscal previsto para 2015

Por Wladimir D’Andrade - O Estado de S.Paulo
Atualização:

O presidente da Federação Nacional dos Corretores de Imóveis, Joaquim Ribeiro, disse nesta quarta-feira, 28, esperar uma antecipação de venda de imóveis de 2015 para o segundo semestre deste ano. Segundo ele, levando-se em conta que o preço não vai cair, o consumidor deve preferir adquirir seu imóvel num cenário mais positivo para ele em 2014 do que o esperado para 2015, de ajuste fiscal do governo."Depois da eleição, o caixa se fecha e a economia deve sofrer em 2015. Essa questão fiscal preocupa para 2015 e, por isso, acredito que o consumidor vai antecipar a compra para o segundo semestre de 2014", disse Ribeiro ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, durante a cerimônia do prêmio Top Imobiliário, realizada nesta quarta-feira em São Paulo.Em relação aos lançamentos do setor, Ribeiro afirma que as empresas têm adotado maior cautela e controlado a oferta de imóveis no mercado. "As empresas estão com o pé no chão", disse ao lembrar que muitos projetos estão no planejamento das construtoras imobiliárias para os próximos anos.Para o diretor-presidente da Helbor, Henry Borenstein, o caráter cíclico do mercado já é uma característica do setor imobiliário, com a qual as empresas têm de aprender a conviver. Ele, no entanto, deixou claro que 2014 é um ano atípico por causa da Copa do Mundo e das eleições. "O mercado não está ruim, mas é óbvio que toda aquela euforia de alguns anos atrás diminuiu", disse Borenstein. Ele lembrou que o arrefecimento do ritmo de negócios não aconteceu apenas no setor imobiliário, e sim na economia como um todo.O diretor da Odebrecht Realizações Imobiliárias, Paulo Aridan Mingione, disse no evento que a expectativa para 2015 é de que o setor imobiliário tenha desempenho não tão bom como o dos anos de 2010 e 2011, mas melhor que o de 2014 até o momento. "O mercado vai encontrar um novo patamar", disse o executivo. Ele acredita que o setor não deverá conviver com gargalos de funding e crédito e lembrou que a economia brasileira passará por ajustes fiscais. "Os ajustes a serem realizados em 2015 vão preparar o setor para um novo salto de crescimento nos anos seguintes."

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